Brasília, 17/11/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - Uma corte italiana condenou, neste domingo, Giulio Andreotti, que foi sete vezes primeiro-ministro, a 24 anos de prisão, por cumplicidade no assassinato de um jornalista.
A decisão judicial foi anunciada após julgamento de recurso de uma sentença de um tribunal de Perugia que havia inocentado Andreotti, um democrata cristão que dominou durante anos o cenário político do país e foi declarado senador perpétuo.
"É uma amarga surpresa", disse o advogado Franco Coppi, acrescentando que ainda tentará recurso à decisão judicial. Andreotti, atualmente com 83 anos, negou as acusações.
O caso envolve o assassinato de Mino Pecorelli, em 1979. A acusação alega que assistentes de Andreotti, conspiraram com mafiosos para matar Pecorelli porque ele estava a ponto de fazer revelações que poderiam arruinar a carreira do político italiano. Até hoje não se sabe quais eram as informações.
Andreotti nega as acusações e afirma que é vítima de adversários políticos e mafiosos por ter promovido a repressão ao crime organizado.
O Partido Democrata Cristão, de Andreoti, que dominava o cenário político do país desde a Segunda Guerra Mundial, foi derrotado nas eleições do início dos anos 90 após vários escândalos de corrupção.
As informações são da CNN.