Brasília, 17/11/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O chefe da equipe de inspetores de armas das Nações Unidas, Hans Blix, disse não considerar uma guerra no Iraque inevitável e prometeu que o trabalho de inspeção será imparcial e que expulsará qualquer integrante da missão envolvido em atividade de espionagem.
Blix, que chega nesta segunda-feira a Bagdad, falou à imprensa depois de reunir-se com sua equipe avançada de 25 inspetores em Lanarca, Chipre, para os acertos finais da viagem.
Do trabalho da equipe de inspetores da ONU dependerá a decisão de uma sanção militar ao Iraque ou o levantamento das sançoes contra o país.
Chipre funcionará como base de apoio logístico à equipe de 25 inspetores chefiada por Hans Blix.
Blix falou à imprensa acompanhado de Mohamed el-Baradei, da Agência de Energia Atômica de Viena, supervsionará o setor encarregado de investigar se o Iraque desenvolve armas nucleares.
Em sua entrevista com a imprensa, Blix disse ainda que a missão era, sem dúvida, importante, mas sua equipe estava devidamente preparada. "Sabemos o que precisa ser feito", ressaltou.
El-Baradei, por sua vez, afirmou ser esta uma oportunidade para o Iraque, se demonstrar que realmente colaborou de forma total com as inespeções, abrir o caminho para se tornar membro integral da comunidade internacional e suspender, ou mesmo eliminar, as sanções existentes.
O início das inspeções formais está marcado para 27 de novembro e se espera que o total de inspetores chegue a 100 até o final do ano.
As inspeções em ampla escala estão previstas apenas para após o dia 8 de dezembro, data fixada pela ONU para o Iraque apresentar um relatório completo das armas que possui.
Blix terá então 60 dias para enviar ao Conselho de Segurança da ONU um relatório sobre o que sua equipe descobriu.
A equipe, cuja sede é em Nova Iorque, vai se encarregar da busca de armas químicas e biológicas, bem como de mísseis de longo alcance que possam levá-las até alvos distantes do Iraque.
As informações são da CNN.