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Carcaça de peixe é usada para enriquecer alimentos com baixo teor de proteína
Criado em 09/09/15 17h38
e atualizado em 09/09/15 17h42
Por INPA
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) está usando carcaças de pirarucu para enriquecer alimentos com baixo teor de proteína. A tecnologia, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), transforma as carcaças do peixe numa substância líquida que pode ajudar também na produção de alimentos para pessoas alérgicas à proteína do leite. O pedido de patente já foi feito ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com o pesquisador Rogerio Souza de Jesus, do Inpa, a produção de hidrolisado proteico de pescado é uma alternativa para o aproveitamento dos resíduos sólidos da indústria pesqueira.
"Esses resíduos são uma matéria-prima de alta qualidade biológica, gerando produtos que podem atingir um conteúdo proteico de até 90%, com propriedades funcionais das proteínas do pescado intensificadas", disse o pesquisador.
Segundo ele, os produtos podem ser empregados como ingredientes alimentares em suplementos de cereais, produtos de panificação, sopas e alimentos para crianças.
Aproveitamento
A carcaça é um resíduo pouco aproveitado após a retirada das mantas (filés) dos peixes, mas contém uma quantidade de carne que pode ser usada na preparação de produtos de pescado. Por ser um peixe grande e pela sua crescente comercialização, o beneficiamento do pirarucu gera muitos resíduos como, por exemplo, cabeça, vísceras, nadadeiras, escamas e couro, os quais podem ser reaproveitados como subprodutos a fim de agregar valor à produção e proporcionar novos produtos provenientes de pescado.
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