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Conferência com representantes de mais de 160 países discute futuro da internet em Dubai
Criado em 03/12/12 18h00
e atualizado em 03/12/12 18h32
Por Edgard Matsuki
Fonte:Portal EBC
Propostas para o futuro do uso da internet começaram a serem discutidas na tarde desta segunda-feira (3) em Dubai (Emirados Árabes). Delegações de mais de 160 países estão presentes na Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT-12). Paulo Bernardo, ministro das comunicações, está representado o Brasil na reunião que vai até o dia 14 de dezembro.
Do Brasil, também foram credenciados representantes da Anatel, Itamaraty e de empresas privadas que lidam com telecomunicações. Na Conferência, serão discutidos alguns tópicos em relação ao futuro do uso da internet no mundo. De acordo com o site http://wcitleaks.org/, algumas das propostas vindas da Rússia e de estados da liga árabe (entre eles, Bahrein, Arábia Saudita, Egito e Líbia) podem restringir o uso da internet.
Uma das propostas que estão no site pede que países membros da União Internacional de Telecomunicações (UIT) tenham poder de ter acesso, trocar informações e mesmo retirar conteúdos online. No entanto, a organização do evento afirma, por meio de site oficial, que não haverá ações de controle da internet.
Google protesta contra Conferência
O Google realizou protesto contra a realização de WCIT-12. Na página inicial do buscador, foi colocado um link para que fosse feito um abaixo-assinado contra algumas propostas. Na página há uma crítica em fazer a reunião em portas fechadas e um espaço para usuários apoiarem uma “internet livre e aberta”. Cerca de 1,6 milhão de pessoas já assinaram o documento
Outra crítica por parte da empresa é de que o local não é o certo para decidir o futuro da web e que apenas governos teriam decisão sobre as propostas. “Alguns desses governos tentarão usar uma reunião a portas fechadas em dezembro para regulamentar a Internet”, diz o documento.
Em resposta ao protesto do Google, a organização do WCIT afirmou que a reunião não será realizada em portas fechadas e não vai restringir a web: “Temos que manter a Internet aberta para negócios para sustentar o crescimento na vasta e interdependente economia digital global”.
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