Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet no evento www2013

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Internet se tornará cada vez mais colaborativa no futuro, afirma Tim Berners-Lee

Criado em 17/05/13 08h26 e atualizado em 17/05/13 08h31
Por Ana Elisa Santana Fonte:Portal EBC

Tim Berners-Lee no www2013
Tim Berners-Lee, um dos criadores da internet (Davi de Castro/Portal EBC)

A internet precisa ser independente e seu acesso é fundamental para o desenvolvimento mundial, segundo defende o criador da web, Tim Berners-Lee. Durante a 22ª edição da conferência WWW, realizada no Rio de Janeiro nesta semana, ele afirmou que o acesso à internet vem crescendo em muitos países, mas boa parte das pessoas não tem condições de ter um smartphone e arcar com um pacote de dados para acesso à internet.

"Certamente a maior parte do crescimento do acesso à internet na África virá do mobile", afirmou o físico britânico. O site Web Index [2] analisa o desenvolvimento da web em 61 países e mostra um pouco deste panorama. A iniciativa funciona como um índice em que são analisados o crescimento, utilidade e impacto da internet sobre as pessoas e países, com indicadores que englobam tanto aspectos políticos, econômicos e sociais, quanto questões como conectividade e infraestrutura.

O Web Index foi desenvolvido pela Fundação WWW (World Wide Web Foundation [3]), que tem por objetivo reduzir o custo do acesso a dados em todo o mundo. "Assim vamos ter o maior número possível de pessoas com acesso à internet", acredita Berners-Lee. Na conferência WWW2013, ele afirmou que o Brasil está um passo à frente do restante dos países com a elaboração do Marco Civil da Internet [4], que espera votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Para o criador da web, a tendência do futuro é que a internet seja construída de forma cada vez mais colaborativa. "A tecnologia vai se tornar cada vez mais fácil, o que vai aumentar a participação por meio de aplicativos. Fiquem de olho no trabalho de grupos (que estão se apresentando na www2013), porque há muita novidade vindo", afirmou.

Berners-Lee citou como exemplo o trabalho desenvolvido pelo neurocientista Miguel Nicolelis, que busca decodificar sinais elétricos emitidos pelos neurônios para, assim, retransmitir mensagens para artefatos mecânicos, virtuais ou computacionais, conseguindo controlá-los. O britânico afirmou que o Google Glass - lançado pela Google neste ano e ainda em versão beta - é o início desta evolução que Nicolelis vem desenvolvendo. "Daqui a um tempo, estaremos controlando a web pelo que pensamos", prevê.

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