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Ciberbullyng e sexualidade na web lideram casos de atendimentos em canal de ajuda
Criado em 09/01/13 18h14
e atualizado em 09/01/13 21h46
Por Leyberson Pedrosa
Fonte:Portal EBC*
Um canal de ajuda online sobre o uso seguro da internet recebeu mais de 37 mil visitas e atendeu 824 pessoas no segundo semestre de 2012. Os dados são de um levantamento realizado pela organização social SaferNet Brasil [2], responsável pelo canal de orientação psicológica Helpline [3] (canaldeajuda.org.br [3]).
Entre os dados que mais chamam atenção no infográfico do canal (ver abaixo), quase um quinto dos atendidos (24,5%) pediram orientações sobre o ciberbullyng. O termo é utilizado quando crianças e adolescentes realizam algum tipo de violência contra outras na internet. “Cada vez mais cedo, as crianças tem vivido situações de intimidação, ofensa e outros conflitos nas redes sociais”, observa acoordenadora do canal, Juliana Cunha.
Outro tema que preocupa a equipe de psicólogos do Helpline é a presença da sexualidade desse grupo na web. Dennominado como sexting, essas manifestações vão desde a troca de mensagens de conteúdo erótico até a publicação de fotos sensuais de seus corpos nus ou quase nus.
“A gente entende que essa geração tem uma outra percepção com a intimidade, inclusive creem que podem compartilhar imagens de partes íntimas. Nosso trabalho envolve construir habilidades para que eles possam se proteger na rede”, comenta a coordenadora. O canal possui uma área específica que detalha conceitos como cyberbullyng e sexting. Acesse aqui [4].
Presença nas redes sociais
O Helpline recebeu vários relatos de ciberbullyng como racismo, homofobia feitos no Ask.fm [5], uma rede social que permite aos usuários postarem perguntas e respostas de forma anônima. “Como nesses espaços os pais e mães não estão presentes, as crianças acabam vivenciando situações insuportáveis como a publicação de conteúdos e fotos que ganham mais repercussão com os comentários”, aponta Juliana. Nesse sentido, a equipe do canal orienta os jovens com dicas de como configurar a privacidade pessoal nessas redes. O canal disponibiliza uma Cartilha em PDF [6] com mais orientações para o público infanto-juvenil.
A preocupação do uso seguro na rede é maior quando os atendimentos do canal são comparados à Pesquisa TIC Kids Online 2012 [7], que apontou que 71% das crianças consultadas entre 11 e 12 anos tem, pelo menos, um perfil em redes sociais, apesar de que o Facebook e outras mídias sociais somente permitirem a criação de contas de pessoas acima de 13 anos.
O Helpline, criado em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Repúlblica, também atende pais, educadores e o público em geral. Mesmo o canal tendo o maior acesso de adultos, apenas 10% de pais e responsáveis procuraram atendimento e orientação para seus filhos. De acordo com Juliana, a equipe de psicólogos costuma orientar as crianças e jovens a se reportarem aos pais e educadores e, em casos graves como denúncias de abusos sexuais e pedofilia, pode acionar as autoridades responsáveis.
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Pesquisa mostra que crianças expõem vida pessoal nas redes sociais [8]
Facebook faz mudanças para facilitar as configurações de privacidade [9]
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