Os aliados acusam os partidos de oposição de tentar politizar o julgamento da Ação Penal 470

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Votado o Orçamento da União, clima no Congresso é de férias

Criado em 18/12/13 12h46 e atualizado em 18/12/13 13h09
Por Carolina Gonçalves Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil [2]

Brasília - Depois de uma madrugada intensa, com a votação do orçamento de 2014 e já em clima de recesso de fim de ano que, oficialmente, só começaria na segunda-feira (23), nem os líderes da base governista acreditam em algum resultado da sessão extraordinária marcada para às 12h com o objetivo de dar continuidade à votação do novo Código de Processo Civil (CPC).

A sessão foi marcada para que deputados tentassem avançar na análise dos destaques ao projeto, mas pontos polêmicos ainda tornam a conclusão distante. O pagamento de honorários para advogados públicos divide os parlamentares e o governo já declarou ser contrário à proposta.

“Este ítem merece um debate mais público. O servidor público tem carreira, salário, tem teto e sabe todas as regras do jogo [quando se candidata a uma vaga por concurso]”, explicou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Durante um balanço do ano legislativo, Chinaglia reforçou que o governo não quer a aprovação desta mudança, pelo menos no CPC.

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Pelo texto, que é o único item da pauta de hoje, a questão dos honorários poderia ser tratada por lei específica posterior, mas sequer essa proposta é aceita pelo governo. “Prefiro que decida a favor ou contrário porque senão você cria uma armadilha”, disse Chinaglia, explicando que a manutenção deste ponto poderia assegurar o pagamento.

O líder do governo destacou que o governo está atento aos pontos do texto que tratam dos depósitos judiciais em bancos públicos e da penhora on line, que inviabilizaria o confisco de dinheiro de contas bancárias e aplicações financeiras.

O texto-base do código foi aprovado no final de novembro, mas os parlamentares teriam que decidir sobre quase 40 destaques apresentados. Sessões marcadas para concluir a votação foram suspensas por falta de consenso em torno dos pontos mais polêmicos.

A sessão de hoje ainda não foi iniciada e não há sinalização de que será alcançado quórum mínimo para deliberar sobre a matéria. A expectativa é que assim como outros projetos considerados prioritários pelo governo, como o Marco Civil da Internet, a discussão sobre o novo código só seja encerrada a partir de fevereiro do próximo ano, quando os parlamentares retomam as atividades.

Edição: Marcos Chagas

 

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