Grã-Bretanha tem na educação a base para o esporte

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Grã-Bretanha tem na educação a base para o esporte

Criado em 13/08/12 08h27 e atualizado em 13/08/12 08h50
Por Bernardo Medeiros e Moreno Bastos Fonte:Especial para a EBC

Crianças em Londres
Crianças inglesas participam de programas de incentivo ao esporte desde cedo (foto: Moreno Bastos / Especial para EBC na Rede)

É bem verdade que o fato de jogar em casa ajudou, mas entender porque a Grã-Bretanha irá encerrar os Jogos Olímpicos na terceira colocação vai além da torcida ou até mesmo da condição econômica. A cultura esportiva do país, aliada ao forte investimento na base, fazem da ilha monárquica uma potência em quase todas as modalidades.

Para a disputa de 2012, por exemplo, o comitê dos Jogos selecionou mais de 500 espaços de preparação para as delegações. Somente na capital Londres foram 94. As instalações, públicas e privadas, são escolas, clubes e parques. Abrigado no Crystal Palace, onde boa parte da delegação brasileira ficou, o corredor Sandro Viana até brincou. "Isto aqui para mim é a Disneylândia. Tem espaço para todos os esportes, além do suporte médico. Eu fico imaginando onde o pessoal da Grã-Bretanha treina".

Um levantamento realizado pelo jornal Telegraph mostra a importância do esporte nas escolas. Dos 542 atletas do Team GB, o jornal conseguiu determinar a origem de 440. E o número impressiona: 300 deles (68%) foram formados em instituições públicas. Outros 52 estudaram (ou ainda estudam) fora do país, ante 88 de escolas britânicas particulares.

O plano do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para o Rio-2016, a princípio, parece modesto. A ideia é encerrar os jogos em casa entre os dez melhores colocados. Para um país com a sexta economia do mundo e a quinta maior população, parece pouco. Os resultados, contudo, não aparecem da noite para o dia, como bem lembrou o técnico do medalha de ouro Arthur Zanetti (primeiro brasileiro a subir ao pódio na ginástica), Marcos Gotto, ao dizer que os atletas que irão competir no Rio-2016 já existem e irão apenas se aprimorar no ciclo olímpico.

As novas políticas públicas para o esporte brasileiro pretendem ir da base até o esporte de alto rendimento. No fim dos Jogos Olímpicos de Londres, o governo brasileiro irá anunciar um plano de investimento, que segundo o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, deve chegar em R$ 1 bilhão. Em primeiro momento, o alvo são as categorias individuais e menos tradicionais no país, carentes de estrutura. A linha foi dada pela presidenta Dilma Rousseff, em visita ao Crystal Palace.

“O Brasil é muito forte hoje nos jogos coletivos, somos bons em futebol, vôlei, basquete e handebol. Sempre nos esportes coletivos a gente leva medalha, mas acontece que, apesar de ser um time completo, você ganha uma medalha, e tem esportes individuais que são mais medalhados”, disse a presidenta.

Os novos investimentos unem-se aos projetos já iniciados em 2010 no Centro Olímpico de Treinamento (COT), no Autódromo do Rio de Janeiro. O Parque Olímpico que será construído também abrigará  instalações para 22 modalidades, como saltos ornamentais, nado sincronizado, atletismo, badminton e esgrima. Quando concluído, o centro será o único de grande porte na América Latina e servirá para que, a partir de 2020, o Brasil se transforme, definitivamente, em uma potência olímpica.

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