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Sudão do Sul: Alta comissária da ONU diz que país está à beira de catástrofe
Criado em 30/04/14 15h11
e atualizado em 30/04/14 18h31
Por Portal EBC*
A Alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, se declarou chocada com a situação do Sudão do Sul, após viagem ao país. "Estou cada vez mais preocupada. Nem os líderes políticos do Sudão do Sul nem a comunidade internacional em geral parecem perceber o quão perigosa é agora a situação”, afirmou.
De acordo com ela, a nação mais jovem do mundo está à beira de uma catástrofe. Nesta quarta, Navy Pillay fez um apelo, nesta quarta-feira (30), para que líderes do país abandonem suas “lutas de poder pessoal”. Ela esteve no Sudão do Sul por de três dias, acompanhada do assessor especial da ONU para a Prevenção do Genocídio, Adama Dieng. A Alta Comissária falou com a imprensa, na capital do país, Juba.
“A mistura mortífera de recriminação, com discursos de ódio, e mortes por vingança, que vem crescendo ao longo dos últimos quatro meses e meio, parece estar chegando ao ponto de ebulição. Estou cada vez mais preocupada, porque nem os líderes políticos do Sudão do Sul, nem a comunidade internacional em geral, parecem perceber o quão perigosa é agora a situação”, afirmou.
De acordo com a ONU, o conflito, que começou em dezembro de 2013, e é marcado por inúmeras violações graves dos direitos humanos, já deixou milhares de mortos e forçou dezenas de milhares de pessoas a buscar refúgio nas bases da ONU em todo o país.
Segundo Pillay, a lista de estatísticas é “alarmante”. A ONU divulgou que mais de nove mil crianças recrutadas pelas forças armadas de ambos os lados; 32 escolas tomadas pelas forças militares; mais de 20 ataques a clínicas e centros de saúde; muitas mulheres e meninas estupradas, muitas vezes brutalmente; e crianças mortas durante os ataques indiscriminados.
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