Governo do Uruguai tenta apoio da população para legalizar a maconha

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Legalização da maconha será discutida publicamente no Uruguai

Criado em 04/03/13 16h23 e atualizado em 04/03/13 16h47
Por Portal EBC*

Legalização da maconha
Governo do Uruguai tenta apoio da população para legalizar a maconha (Télam)

O governo uruguaio iniciará em 4 de abril um processo de debates em todo o país para enriquecer e explicar o projeto que legaliza a produção e distribuição de maconha. O projeto encaminhado ao legislativo pelo presidente José Mujica prevê que usuários recebam até 40 gramas de maconha por mês e poderão ter até seis plantar para o consumo pessoal.

O processo de discussão social será feito junto a especialistas nacionais e internacionais com duração de 90 dias para que o projeto continue sua tramitação no âmbito legislativo. Até o início de junho, o governo uruguaio promoverá debates, mesas redondas, conferências e seminários sobre a cannabis em cada um dos 19 estados do país.

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O executivo espera que o anteprojeto seja aprovado até o final do ano. A produção e distribuição de maconha será regulada pelo Estado, que prevê a entrega de licenças à iniciativa privada para a produção, elaboração e distribuição da planta. Para obter a licença, a pessoa não pode apresentar nenhum antecedente na Justiça, além de estar em dia com os impostos e a previdência social. As áreas destinadas à plantação também serão delimitadas pelo Estado.

O projeto que o governo Mujica busca aprovar antes do fim do ano sustenta que todas as suas disposições estão relacionadas com a política de redução de danos na questão da dependência em consumo de drogas, ainda quando reconhece os efeitos prejudiciais dessa prática. A idéia de um maior "consenso social" em torno partiu do próprio presidente Mujica [5] que pediu a paralisação momentânea de sua tramitação aos legisladores que integram a comissão especial sobre consumo de entorpecentes .

O atual projeto estabelece que o Estado assumirá o controle e a regulação das atividades de importação, produção, aquisição a qualquer título, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha ou seus derivados. O último debate legislativo sobre o tema aconteceu em novembro e desde então não houve nenhuma modificação ao texto, que deve voltar às mãos dos legisladores após o recesso parlamentar.

* Com informações da agência pública de notícias da argentina, Télam [7]

 

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