Caso não o novo papa ainda não esteja definido, uma substância é misturada ao papel para que a fumaça - que sai pela chaminpe da Capela Sistina - seja preta

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Entenda o conclave que vai eleger o sucessor de Bento XVI

Criado em 27/02/13 11h34 e atualizado em 11/03/13 15h24
Por Allan Walbert Edição:Priscila Ferreira Fonte:Portal EBC

Vaticano foto externa
Vaticano entra no período de Sé Vacante na quinta-feira (28), quando acontece a renúncia do papa Bento XVI  (Enrique Zepeda Venegas / Creative Commons)

Nesta quinta-feira (28), a sucessão papal na Igreja Católica entra em um novo capítulo: a Sé Vacante, ou ausência de um papa [2]. Bastará um quórum suficiente de cardeais em Roma para que tenha início a reunião de escolha do sucessor de Bento XVI [3]. A partir de então, e por período incerto, o único contato dessa eleição secreta com o mundo exterior será através da chaminé da Capela Sistina, onde a cor da fumaça evidenciará se o mundo católico já tem um novo líder.

No infográfico abaixo, confira de onde são os cardeais que têm direito a voto no conclave do Vaticano

 

No total, existem 209 cardeais. Desses, 117 têm menos de 80 anos e por essa razão conquistam o direito de votar e serem votados. Com a renúncia do cardeal O'Brien [4] e a impossibilidade de Dom Julius Darmaatmadja [5] ir a Roma por motivos de saúde, o conclave contará com 115 cardeais eleitores. O número máximo de cardeais votantes no conclave é 120.

Pela regra canônica anterior, o conclave deveria começar com um mínimo de 15 dias após a morte ou renúncia de um papa. Bento XVI alterou a lei [6] por meio de um decreto e ofereceu aos cardeais a possibilidade de antecipação, não sendo mais necessário esperar a quinzena.

Confira a linha do tempo com a biografia de Bento XVI [7]

Portas fechadas

A eleição de um papa é considerada um dos eventos mais secretos do mundo. Os cardeais não podem revelar as suas preferências, nem detalhes do pleito que acontece na Capela Sistina. Durante o conclave, fica ainda proibido o acesso a jornal, telefone ou internet. Todo esse sigilo é garantido pelo cardeal carmelengo, uma espécie de administrador do Vaticano.

Os cardeais escrevem cada voto em uma cédula de papel. Não é permitido o voto em si mesmo e, para manter o sigilo, utilizam caligrafia diferente da habital. As cédulas são depositadas em uma urna de bronze. Nove cardeais eleitos assumem as funções administrativas de escrutinadores (contam as cédulas); revisores (recontam as cédulas) e infirmarii (recolhem as cédulas dos ausentes).

Resultado

Ao carmelengo e a alguns assistentes cabe a função da leitura das cédulas. O cardeal que tiver ao menos 2/3 (dois terços) dos votos será o novo papa. É facultado ao escolhido dizer se aceita o cargo.

Após a revelação dos votos, caso haja indefinação, as cédulas são queimadas junto a uma palha úmida. Isso faz com que a fumaça na chaminé da Capela Sistema tenha cor escura: é o sinal para os fiéis na Praça São Pedro saberem que ainda não foi um escolhido um novo papa.

Caso haja definição, as cédulas são queimadas sem a palha úmida e a fumaça que sairá da chaminé da Capela Sistina terá cor branca. Este é o sinal de que a congregação católica tem enfim um novo líder. Aceitando o cargo, ele escolhe um nome papal [8] . O pontífice será apresentado à multidão sob a frase 'habemus papam' (temos um papa, em latim).

Edição: Priscila Ferreira

Creative Commons - CC BY 3.0

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