Apesar da suspensão do Paraguai do Mercosul, país está representado por sua bandeira e organizações da sociedade civil em Cúpula Social

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Começa corrida eleitoral no Paraguai

Criado em 18/02/13 17h59 e atualizado em 18/02/13 18h39
Por Portal EBC*

Imagem - Lugo diz que não será candidato à Presidência da República em abril de 2013
Ex-presidente Fernando Lugo será candidato ao Senado do Paraguai (Marcello Casal Jr/ABr)

Nesta segunda-feira (18) inicia oficialmente no Paraguai o período de divulgação e publicação de propagandas políticas para as eleições gerais do próximo dia 21 de abril de 2013. A campanha eleitoral terá duração de 30 dias e será encerrada no dia 18 de abril, sendo que nos últimos dez dias de campanha os meios de comunicação públicos e privadores devem ceder três por cento de sua programação para a difusão das mensagens políticas dos diferentes partidos. O código eleitoral paraguaio limita a difusão de propaganda eleitoral em meios massivos de comunicação social no período que vai do dia 20 de março a 18 de abril.

As eleições marcadas para 21 de abril são consideradas determinantes para o reconhecimento da democracia no país por organismos multilaterais da região como Mercosul, Unasul e Organização dos Estados Americanos (OEA), que colocaram a democracia do país sob suspeita após a destituição do então presidente Fernando Lugo pelo Congresso em junho passado.

Candidatos

A Frente Guasú, coalizão de partidos de esquerda e centro esquerda liderada pelo ex-presidente Fernando Lugo, oficializou em janeiro a candidatura presidencial do médico Anibal Carrillo, tendo como vice o líder camponês Luis Aguayo. Lugo se candidatará ao Senado.Carrillo Iramain afirmou que não se aliará com os setores que “romperam a ordem democrática” no país, em referência ao impeachment realizado em menos de 30 horas em junho passado.

A aliança Avança País, uma dissidência da Frente Guasú, terá como candidato o ex-apresentador  de televisão Mario Ferreiro, além de Cynthia Brizuela Speratti para vice. O partido Kuña Pyrendá (“plataforma de mulheres” em guarani), criado em 2012, promove pela primeira vez duas mulheres para encabeçar o governo, a ex ministra Lilian Soto como presidenta e a dirigente rural Magui Balbuena como vice.

O empresário Horacio Cartes será o candidato do Partido Colorado, que governou de forma contínua entre 1947 e 2008 e Efrain Alegre é o candidato do Partido Liberal, apoiado pelo atual presidente Federico Franco.

Observadores

Segundo informou a agência pública de notícias do Paraguai, autoridades da Justiça Eleitoral solicitarão oficialmente ao Poder Executivo a concessão de imunidade diplomática para os integrantes da Missão Técnica de Observação da União de Nações Sulamericanas (Unasul) que acompanharão o processo eleitoral.

O assessor do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE) do Paraguai, Luis Alberto Salas, afirmpou que ainda que o Executivo negue o pedido, a Justiça Eleitoral está em condições de garantir a segurança de todas as delegações que cheguem para acompanhar a transparência necessária para as eleições de 21 de abril. Ele ressaltou que a Justiça Eleitoral é a favor da vinda de observadores de qualquer organização que colaboram com a transparência das eleições para que os eleitos gozem da legitimidade política necessária.

O governo de Federico Franco, que assumiu o poder em junho passado, após a destituição de Lugo, mantem uma forte campanha contra a Unasul e o Mercosul, organismos multilaterais que suspenderam o Paraguai por considerar que o processo de impeachment produziu uma “quebra constitucional” no país.

Por conta da divergência politica, Franco não autorizou a participação de membros da Unasul para acompanhar as eleições [2].  Até o momento está garantida a presença de uma delegação enviada pessoalmente pelo secretario geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.

* Com informações da emissora multiestatal de TV, Telesur [3] e da agência pública de notícias do Paraguai, IPParaguay [4]

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