Imagem da capital Síria após combate entre forças do governo e rebeldes

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Internacional [1]

Liga Árabe pede ajuda da América Latina para pôr fim a "hemorragia" na Síria

Criado em 01/10/12 18h25 e atualizado em 01/10/12 18h44
Por EBC Fonte:Agência Lusa [2]

Imagem - OMS alerta que há dificuldades para prestar assistência médica na Síria
OMS alerta que há dificuldades para prestar assistência médica na Síria (Creative Commons)

(Agência Lusa) - O presidente da Liga Árabe, Nabil El-Araby, pediu nesta segunda-feira (01) aos ministros dos países árabes e latino-americanos, reunidos em Lima, no Peru, que ajudem a colocar um fim "na hemorragia" vivida na Síria. "É preciso colocar fim à hemorragia que ocorre na Síria. Lamentavelmente, nenhuma iniciativa para solucionar o problema teve sucesso até o momento", afirmou El-Araby.

Em intervenção durante a reunião ministerial que precedeu a III Cúpula América-Latina - Países Árabes (Aspa), El-Araby pediu aos governantes do fórum para que não percam as esperanças de encontrar uma solução para a "crise asfixiante" que enfrenta o país árabe.

A reunião desta segunda tem como objetivo fechar os últimos detalhes da Declaração de Lima, que será aprovada e assinada na terça-feira pelos chefes de Estado das nações latino-americanas e árabes. A previsão é de que o documento seja dividido em três partes, incluindo um posicionamento político conjunto, no qual os líderes deverão condenar a violência no país de Bashar Al-Assad e manifestar seu apoio também para uma solução negociada no conflito entre Israel e a Palestina.

Uma segunda parte tratará especificamente dos acordos que o grupo  pretende consolidar nos próximos anos, com destaque para áreas como economia, finanças, meio ambiente, ciência e tecnologia e desenvolvimento social. Em sua intervenção, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, defendeu um aumento das relações comerciais entre as duas regiões e citou o incremento registrado desde que o encontro de alto nível foi criado, há 12 anos.

De acordo com o ministério da Relações Exteriores brasileiro, o comércio entre as duas regiões mais que dobrou desde então, passando de 13,6 mil milhões de dólares (10,5 mil milhões de euros), em 2005, para 27,4 mil milhões de dólares (21,2 mil milhões de euros) em 2011.

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