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ONU denuncia sérias violações dos direitos humanos dos palestinos
Criado em 24/09/12 20h53
e atualizado em 24/09/12 21h05
Por EBC
Fonte:Agência Lusa [2]
Genebra (Agência Lusa) – Israel deve reforçar as medidas para terminar com sérias violações dos direitos humanos dos palestinos detectadas durante uma missão de investigação à região, informa um relatório da ONU divulgado nesta segunda-feira (24).
“Existe a necessidade de uma maior e sincera responsabilidade pelas sérias violações dos direitos humanos e da lei humanitária internacional que foram documentadas pela missão de investigação”, afirmou, em Genebra, a vice Alta Comissária para os Direitos Humanos, Kang Kyung-wha, durante uma sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
A responsável pela agência das Nações Unidas apresentou um relatório sobre os progressos efetuados na aplicação das recomendações do relatório Goldstone da ONU, que especifica as violações dos direitos humanos e das leis internacionais durante o conflito na Faixa de Gaza em 2008 e 2009.
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“Há quase três anos que este conselho tomou conhecimento das recomendações da missão de investigação. No entanto, ainda ninguém foi indiciado pelos incidentes documentados”, disse.
“O respeito pelos direitos humanos e pela lei humanitária internacional significa que os responsáveis de violações devem comparecer perante a justiça”, frisou.
A mesma responsável defendeu que as sentenças devem corresponder aos crimes, após descrever o caso de um soldado israelita condenado em agosto a apenas 45 dias de prisão pela morte de duas palestinas desarmadas, que erguiam uma bandeira branca durante o conflito em Gaza.
A ofensiva israelita em Gaza iniciada em dezembro de 2008, custou a vida a 1.400 palestinos – mais da metade civis – e 13 israelitas, incluindo três civis e dez soldados.
Com apenas 362 quilómetros quadrados e 1,5 milhões de habitantes, a Faixa de Gaza é um dos territórios mais densamente povoados do planeta, e não possui recursos naturais.
O relatório, da responsabilidade do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também se refere ao fechamento das fronteiras e às restrições em Gaza, como os obstáculos à movimentação das populações na Cisjordânia, fatores que agravam a crise económica nos territórios palestinos.
O documento recorda ainda os 4.500 palestinianos detidos nas prisões israelitas, e sublinha que 250 estão sob a designada “detenção administrativa”, sem julgamento.
O relatório também critica os grupos armados palestinos por dispararem morteiros e lança-foguetes em direção a Israel, e as autoridades palestinas, por diversas detenções arbitrárias. O representante de Israel esteve ausente do conselho, num sinal de desaprovação face às conclusões do relatório da agência de direitos humanos da ONU.
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