De acordo com o Anuário das Mulheres Brasileiras 2011,  quase 50% das chefes de família são também as únicas responsáveis pela sobrevivência do núcleo familiar

Imagem:

Compartilhar:

Cai diferença entre negros e não negros no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo

Criado em 05/11/13 17h42 e atualizado em 05/11/13 18h16
Por Elaine Patricia Cruz Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil [2]

Mulheres negras
A formalização, ou seja, o trabalho com carteira assinada, ocorreu de forma mais forte para os negros (Agência Brasil )

São Paulo – As diferenças no mercado de trabalho entre negros e não negros na região metropolitana de São Paulo diminuíram nos últimos anos. Segundo levantamento feito pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a diferença na taxa de desemprego de negros (segmento composto por pessoas pretas e pardas) e de não negros (composto por brancos e amarelos) caiu 2,4 pontos percentuais em 2012, a menor na série histórica da pesquisa, que teve início em 1985. A taxa de desemprego dos negros no ano passado chegou a 12,4% e, a de não negros, a 10%. Isso se deveu, segundo o levantamento, principalmente ao crescimento econômico brasileiro da última década.

Leia também

Saiba quais cidades vão ter feriado no Dia da Consciência Negra em 2013 [3]

Extermínio de jovens negros preocupa autoridades brasileiras [4]

Ex-bolsistas defendem cotas para negros na carreira diplomática brasileira [5]

A formalização, ou seja, o trabalho com carteira assinada, ocorreu de forma mais forte para os negros. Entre 2003 e 2012, a proporção aumentou 13,4 pontos percentuais para negros e 11,3 para não negros.

No entanto, apesar da redução das desigualdades nos últimos anos, ainda existem diferenças significativas nas condições de trabalho entre negros e não negros. Os rendimentos médios por hora, por exemplo, ainda são bastante desiguais, apesar do avanço apresentado: em 2003 os rendimentos dos negros representavam 51,8% dos não negros, passando para 63,2% no ano passado.

A proporção de negros ainda é maior que a de não negros em setores como o da construção civil e o de serviços domésticos, aqueles, segundo a Fundação Seade e o Dieese, "em que predominam postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional, remunerações mais baixas e relações de trabalho mais precárias, sendo, por consequência, menos valorizados socialmente". Mas, de acordo com o levantamento, as recentes mudanças na legislação trabalhista para empregados domésticos e nas condições de trabalho na construção civil têm atenuado algumas das distorções.

Para a Fundação Seade e o Dieese, o levantamento aponta que as desigualdades no mercado de trabalho entre negros e não negros ainda persistem, apesar das diferenças terem diminuído nos últimos anos. “O crescimento econômico por si só não é capaz de garantir igualdade de oportunidades em um horizonte razoável de tempo para as atuais e futuras gerações de trabalhadores, enquanto não se atenuarem as discrepâncias socioeconômicas e, mais especificamente, do nível de escolaridade, importante elemento na melhoria de acesso e trajetória dos indivíduos no mercado de trabalho e das suas possibilidades de ascensão social e econômica”, diz o estudo.

 

Edição: Aécio Amado

Tags:  Cidadania [1], Dieese [6], mercado de trabalho [7], negros [8], são paulo [9], preconceito [10], racismo [11], discriminação [12], Seade [13], pesquisa [14], estudo [15], levantamento [16], renda [17], emprego [18]
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia [19] Fazer uma Reclamação [19] Fazer uma Elogio [19] Fazer uma Sugestão [19] Fazer uma Solicitação [19] Fazer uma Simplifique [19]

Deixe seu comentário