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Pastor nigeriano acusado de violência sexual não tem imunidade diplomática

Criado em 17/07/12 15h05 e atualizado em 17/07/12 15h30
Por Renata Giraldi Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Delegado Wisllei Salomão, da 10ª DP
O delegado Wisllei Salomão, da 10ª DP, assegurou que o acusado será tratado como um denunciado de crime comum submetido às leis brasileiras (Foto: Elza Fiúza/ABr)

Brasília – O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou à Agência Brasil que o pastor nigeriano Marcos Abiazie, não tem imunidade diplomática e pode ser submetido à ação policial como qualquer outro estrangeiro que more em território brasileiro. O pastor nigeriano é suspeito de ter espancado e estuprado uma mulher, também nigeriana, na residência oficial do embaixador da Nigéria, localizada no Lago Sul, bairro nobre da capital federal.

Entenda o caso

A nigeriana Nkiruka Paciota Ownegbuna, de 32 anos, morava de favor na casa do embaixador da Nigéria no Brasil, Goodluck Ebele Jonathan, nos últimos meses com a filha. Segundo ela, foi convidada a morar na residência do embaixador pela mulher dele. De acordo com o relato feito por ela à Polícia Civil, o pastor que a agrediu também mora na residência do embaixador com a mulher e filhos.

A nigeriana prestou queixa na 10ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal no último sábado (14) e apresentava sinais de espancamento no rosto. De acordo com o delegado Willei Salomão, a nigeriana contou ter sido forçada a ter relações sexuais com o pastor nigeriano por duas ocasiões, em junho.

O delegado disse que, inicialmente, o pastor pode ser denunciado por lesão corporal. A pena para esse tipo de crime varia de três meses a um ano de detenção.

Salomão disse que sem imunidade, o acusado será tratado como um denunciado de crime comum submetido às leis brasileiras. A Embaixada da Nigéria no Brasil não se manifestou sobre o caso. O delegado deve tomar ainda hoje (17) o depoimento do pastor nigeriano. Até amanhã (18), o Instituto Médico-Legal (IML) deve divulgar o laudo confirmando se houve ou não estupro, como denunciou a mulher.

 

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

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