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Dos 39 menores que fugiram da Fundação Casa de Lorena, 18 já foram reconduzidos

Criado em 05/10/15 17h01 e atualizado em 05/10/15 17h13
Por Marli Moreira Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil [2]

Mais quatro adolescentes em conflito com a lei que tinham fugido na noite de domingo (4)  da Fundação Casa foram foram reconduzidos à unidade de Lorena, município do Vale do Paraíba a cerca de 182 quilômetros da cidade de São Paulo. Até o começo da tarde de hoje (5), já tinham sido recapturados 18 do total de 39 fugitivos. A Polícia Militar continua em busca dos demais jovens.

Foi a sexta fuga de unidades da instituição em menos de um mês, e a grande maioria foi registrada na zona leste da capital e da Grande São Paulo. No último dia 21, 33 jovens infratores escaparam da unidade de Guaianazes, na zona Leste. Com as demais ocorrências que atingiram as unidades Encosta Norte, Vila Conceição, Novo Horizonte, Ferraz de Vasconcelos I e Guarulhos, o número de fugitivos somou 132, dos quais apenas 32 foram recapturados.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades de Assistência e Educação à Criança e ao Adolescente (Sitraemfa), João Faustino, disse que as unidades da zona leste estão com carência de vigilantes, já que a empresa terceirizada que fazia o tipo de serviço entrou em falência.

No entanto, Faustino associa as constantes fugas ao baixo número de servidores destacados para atender os jovens. Pelas suas contas, cabe a cada quatro servidores zelar de 60 jovens. “A vigilância só cuida do patrimônio. Quem cuida dos adolescentes somos nós”, disse o líder sindical.

Segundo Faustino, mensalmente, mais de mil servidores são afastados por questões de saúde, como as situações de estresse que enfrentam no dia a dia com esse tipo de atividade. “Constantemente, somos ameaçados por internos."

Ele disse que o sindicato está preparando um dossiê com as ocorrências e a situação de vulnerabilidade dos servidores para encaminhar aos órgãos de segurança. Em meio a tudo isso, o Sitraemfa está atuando para reduzir a jornada para 30 horas semanais.

Em nota, a Fundação Casa informou que alguns centros socioeducativos ficaram sem o serviço de vigilância patrimonial pelo descumprimento contratual da empresa terceirizada de segurança Aviseg, um problema que vem sendo enfrentado desde o começo de maio. Mas, por questão de segurança, os números de funcionários e centros afetados não são divulgados, diz o comunicado.

“O serviço que era prestado pelos vigias da empresa terceirizada está sendo realizado por servidores da Fundação Casa, em regime de hora extra”, esclarece a fundação. De acordo com a nota, o número de adolescentes por funcionário é definido de acordo com a previsão adequada de jovens que podem ser atendidos por servidores.

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