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História da tocha olímpica começa na Grécia Antiga e vai até o Rio 2016

Criado em 03/07/15 15h14 e atualizado em 03/07/15 17h24
Por Rio 2016

Espectadores do Brasil e do mundo conheceram nesta sexta-feira (3) uma das personagens principais dos Jogos Rio 2016: a tocha olímpica. Em evento em Brasília, a tocha foi apresentada ao público [2] pela primeira vez, assim como o roteiro que ela fará pelo país.

Tocha olímpica - Rio 2016
O modelo da tocha olímpica e a rota de revezamento, que terá 83 cidades como destino final, foram apresentados nesta sexta-feira (3), pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016

Marcelo Camargo / ABr

O lançamento da tocha olímpica representa, também, um novo capítulo para a milenar história do objeto. Sua chama remete aos primórdios dos Jogos, no século 8 a.C.: os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas sempre acesas em frente a seus principais templos – como o santuário de Olímpia, que recebia as competições esportivas.

Para assegurar sua pureza, a chama era acesa pelos raios do sol através de uma “skaphia”, espécie de espelho côncavo que converge os raios para um ponto específico. Na Era Moderna, esta cerimônia continua sendo realizada para acender a chama em frente ao Templo de Hera, na mesma cidade de Olímpia, com mulheres caracterizadas como "sacerdotisas", entre 90 e 100 dias antes de cada edição dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno.

Saiba mais sobre a história da tocha olímpica e da corrida de revezamento na matéria do Repórter Brasil:

Amsterdã 1928 foi a primeira edição dos Jogos na Era Moderna a ter uma pira olímpica acesa em um dos seus estádios. Já o revezamento da tocha foi realizado pela primeira vez em Berlim 1936 – com a chama sendo acesa em Olímpia e transportada até a capital alemã –, mas foi em Londres 1948 que a celebração recebeu do Movimento Olímpico o reconhecimento por sua valorização de tradições da Grécia Antiga. Corridas de revezamento da tocha eram organizadas em Atenas como tributo a deuses, e o primeiro participante a chegar ao altar do deus da corrida obtinha a honra de acender o fogo em sua homenagem.

A segunda tradição simbolizada pelo revezamento da tocha refere-se aos mensageiros da Grécia Antiga que viajavam pelas cidades anunciando a data dos Jogos. Além de convidar os cidadãos a irem até Olímpia, os mensageiros proclamavam a “trégua sagrada”: um mês antes e enquanto durassem as competições esportivas, todas as guerras em curso deveriam cessar para que atletas e espectadores pudessem participar dos Jogos com segurança.

Atualmente, após o acendimento em Olímpia, a tocha percorre cidades da Grécia por alguns dias até chegar à capital Atenas, de onde ela é transportada até o país-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno ou de Verão. No país, a tocha passa pelas mãos de milhares de carregadores em diversas cidades e pontos icônicos, arregimentando uma multidão de espectadores. O destino da tocha é o estádio da cerimônia de abertura dos Jogos, onde a chama acende a pira Olímpica e marca o início oficial do evento.

Revezamento da tocha olímpica em Londres 2012
A tocha dos Jogos Olímpicos de Londres percorreu cerca de 12.875 quilômetros em um revezamento que durou 70 dias. Oito mil pessoas puderam carregar a chama olímpica

Tom Lubbock / flickr / Creative Commons

A tocha Rio 2016 carregará a mesma chama Olímpica que será acesa na Grécia, dando continuidade a uma história de 2.900 anos, e desembarcará no Maracanã no dia 5 de agosto de 2016.

Creative Commons - CC BY 3.0

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