Imagem: Metrô / Arquivo / Divulgação

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"Ler nos torna melhor". Rubem Fonseca morre aos 94 anos

Criado em 15/04/20 17h03 e atualizado em 15/04/20 23h16

"Ler nos torna melhor. Permite que a gente entenda melhor o outro. E permite que a gente entenda melhor a nós mesmos".  Em uma das raras aparições públicas, em 2013, o célebre autor Rubem Fonseca, emocionado, batia no peito e falava para um grupo de operários do metrô do Rio de Janeiro. Na linha 4, foi inaugurada uma biblioteca batizada com o seu nome. O registro foi destaque em reportagem da TV Brasil na ocasião e também quando completou 90 anos (em 2015). O autor mineiro, de Juiz de Fora, nascido em maio de 1925, morreu nesta terça (15 de abril), aos 94 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto, conforme relata, reportagem da Agência Brasil. [2]

Confira abaixo a reportagem exibida em 2015

  

Rubem Fonseca foi o grande vencedor, em 2003, do Prêmio Camões [3], o principal da literatura em língua portuguesa. Em seis ocasiões, foi celebrado pelo Prêmio Jabuti [4]. A mais recente, em 2014, com o livro de contos Amálgama. Em 2015, venceu o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra, conforme a Agência Brasil destacou na ocasião [5]. O título levou em conta o conjunto da obra (desde 1941) e foi concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Radicado no Rio de Janeiro, estudou direito e entrou para polícia civil como comissário do distrito de São Cristóvão. A experiência profissional , que durou apenas até 1958 (quando passou a se dedicar principalmente à literatura), inspirou obras policiais desse autor tido pela pesquisadora Tânia Pellegrini, como uma das principais referências do romance do gênero no Brasil.

O primeiro livro dele foi publicado em 1963, Os prisioneiros. Desde então, publicou mais 32 obras, entre romances e contos. Obras como Agosto (1990) e Bufo & Spallanzani (1986) ficaram ainda conhecidas pela adaptação que tiveram para TV e cinema. Para Tânia Pellegrini, no estudo "No fio da navalha: literatura e violência no Brasil de hoje", a influência de Rubem Fonseca nos autores da nova geração é tamanha a ponto de estabelecer-se uma “matriz fonsequiana”, que consolida o gênero policial no Brasil.    

Memória EBC

Confira abaixo homenagens feitas pela TV Brasil sobre os seus 90 anos

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Texto de Luiz Claudio Ferreira* 

Edição de Beatriz Arcoverde
* Com conteúdo do Acervo da EBC

Tags:  memória EBC [6], Rubem Fonseca [7], cultura [8], literatura [9], MemóriaEBC [10]
Creative Commons - CC BY 3.0

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