Florianópolis (SC)

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Saiba quais são as cidades com a melhor e a pior qualidade de vida no Brasil

Criado em 29/07/13 14h45 e atualizado em 01/08/13 10h25
Por Renata Martins Fonte:Portal EBC

Florianópolis
Florianópolis (SC) foi a capital mais bem colocada no Atlas 2013 no índice de IDHM geral (Divulgação)

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou hoje (29) os dados do Atlas Brasil 2013, que apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 5.565 municípios. O índice considera que apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma cidade:  o IDHM é constituído da avaliação de critérios relacionados à saúde, educação e renda.

Confira o Atlas 2013 na íntegra [2]

Em termos numéricos o índice é calculado de zero a um -  0 significa nenhum desenvolvimento humano, e 1, desenvolvimento humano total. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o município.

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Os indicadores de 2013 reafirmam as desigualdades entre as cidades brasileiras. O IDHM do município com melhor resultado, São Caetano do Sul (SP), é quase o dobro de Melgaço (PA), considerado o pior. O estudo também aponta as desigualdades entre as regiões. Os vinte municípios com pior IDHM estão nas regiões Norte e Nordeste. Já na lista dos vinte melhores, além da capital Brasília, todos os outros são municípios do Sul e Sudeste. Destes cinco são capitais: Florianópolis, Vitória, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte.

Obs: As cidades de Vitória - ES e Balneário Camboriú - SC estão empatadas na 4ª e 5ª posição.

O Atlas é elaborado a cada dez anos com os dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A edição de 2013 avalia e categoriza os dados atualizados do Censo de 2010 para construir o indicador.

O trabalho permite, além do IDHM, a consulta a mais 180 indicadores socioeconômicos, como o acesso a serviços básicos e situação de vulnerabilidade das famílias. A consulta é feita por meio de uma plataforma online, que disponibiliza dados por município com tabelas, gráficos e mapas.

Expectativa de vida

O IDHM de longevidade é medido pela expectativa de vida. Neste item, os cinco municípios do topo da lista são de Santa Catarina. Já entre os que os ocupam as últimas posições, cinco estão em estados do Nordeste.

Confira o IDHM dos municípios por longevidade [4]

Acesso à educação

A escolaridade é outro critério que compõe o IDHM. O acesso à educação é medido pela média de anos de educação de adultos e pela expectativa de anos de escolaridade para crianças. O IDHM Escolaridade tem a maior distorção entre os municípios. Melgaço (PA) tem índice quatro vezes pior que Águas de São Pedro (SP), que apresenta o melhor resultado. A cidade paraense está no final da lista com outros quatro municípios do Norte. E, novamente, os melhores aparecem estão no Sul e Sudeste.

Confira o IDHM 2013 dos municípios por escolaridade [5]

Renda

O critério usado para calcular a renda média de cada pessoa é a renda municipal per capita, ou seja, a renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a renda de todos os residentes e divide-se pelo número de pessoas que moram no município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero). Nesse quesito impressiona o fato das quatro cidades com o IDHM Renda mais baixos do país serem do estado do Maranhão. Já o mais alto do país é da cidade com o maior IDHM geral: São Caetano do Sul, SP, seguida de Niterói no Rio de Janeiro e Vitória, no Espírito Santo.

Confira o IDHM 2013 dos municípios por renda [6]

Comparação com o Atlas 2003

São Caetano do Sul (SP) e Águas de São Pedro (SP) continuam sendo as duas cidades com maior IDH, em relação ao Atlas de 2003 (feito com base no Censo de 2000). Entre as 10 cidades com os melhores índices, entraram em 2013 as capitais Vitória (ES) e Brasília (DF) e ficaram de fora na edição deste ano, Porto Alegre (RS) e Fernando de Noronha (Distrito de PE).

No ranking das 20 cidades com melhor IDH, o estado de SP foi quem melhorou: tinha cinco cidades no Atlas 2003 e agora, em 2013, tem onze. Já o Rio Grande do Sul foi quem mais “perdeu” cidades da lista: tinha cinco cidades e agora não tem nenhuma.

Já entre as cidades com o IDHM mais baixo, o Pará, que em 2003 não tinha nenhuma cidade entre as 20 da lista, em 2013, possui seis municípios com os índices mais baixos. E o Maranhão, que em 2003 tinha oito municípios nesta lista, agora, em 2013, possui apenas duas cidades.

Das 10 cidades com o pior IDHM em 2003, somente a cidade de Jordão, no Acre, continua na lista em 2013.

Veja aqui a lista de cidades do Atlas IDHM 2003. [7]

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 é uma parceria entre o Instituto de Economia Aplicada (Ipea), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

Creative Commons - CC BY 3.0

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