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José Eduardo Santos, durante cerimônia de posse. Seu partido está no poder em Angola desde 1975

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Igreja Universal é alvo de processo criminal em Angola

Criado em 08/02/13 14h09 e atualizado em 08/02/13 14h29
Por Agência Lusa

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O presidente de Angola José Eduardo Santos instaurou processo de investigação contra a Igreja após a morte de 16 pessoas no culto do dia 31 de dezembro (Foto: Pedro Parente / Agência Lusa)

Luanda, 08 fev (Lusa) - A Procuradoria-Geral da República de Angola instaurou um processo criminal contra o líder e responsáveis da Igreja Universal do Reino de Deus, na sequência da morte de 16 pessoas por asfixia e esmagamento, em 31 de dezembro passado em Luanda.

Em comunicado de imprensa, a PGR informa que o processo foi aberto depois de ter sido concluído um inquérito, instaurado em 02 de janeiro pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

O processo corre sobresponsabilidade da Direção Nacional de Investigação e Ação Penal (DNIAP) da PGR. As atividades da Universal foram suspensas por um período de 60 dias, segundo as conclusões da Comissão de Inquérito (CI) nomeada pela Presidência da República.

A agência Lusa tem repetidamente tentado obter da IURD em Angola um comentário sobre a suspensão decidida pelas autoridades angolanas e agora sobre este processo-crime da PGR mas, até agora, nenhum dirigente se mostrou disponível para falar.

O alvo do processo é a cerimônia denominada "Vigília do Dia do Fim", que concentrou dezenas de milhares de pessoas na Igreja  que ultrapassaram, em muito, a lotação autorizada do Estádio da Cidadela.

A Comissão de Inquérito concluiu ainda que as mortes ocorreram devido à superlotação no interior e exterior do Estádio da Cidadela, causada por "publicidade enganosa".

Dias antes da cerimónia, a Universal espalhou por Luanda publicidade do evento, intitulado "Dia do Fim", na qual convidava todos a "dar um fim a todos os problemas: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação e dívidas".

Para a Comissão, esta publicidade criou, no seio dos fiéis, "uma enorme expectativa de verem resolvidos os seus problemas" e, socorrendo-se da legislação em vigor, classifica a difusão do evento como "criminosa e enganosa".

O fato da Universal não ter suspendido a cerimónia, mesmo depois de ter conhecimento da existência de vítimas mortais é outra das matérias que foi contestada pela Comissão.

Paralelamente ao anúncio da suspensão de atividades da Universal, a Comissão de Inquérito anunciou a proibição de quaisquer ações por parte de outras seis igrejas evangélicas, por não estarem legalizadas em Angola.

As seis confissões proibidas de fazer qualquer tipo de atividade são as Igrejas Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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