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O casal Werner Luchsinger e Vivianne McKay foi encontrado morto após o incêndio em Araucania, região Sul do Chile

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Ministério Público acusa dois indígenas por incêndios criminosos no Chile

Criado em 11/01/13 18h57 e atualizado em 11/01/13 19h15
Por Portal EBC*

Ataque indendiário resultou em morte de casal de 75 anos no Chile
O casal Werner Luchsinger e Vivianne McKay foi encontrado morto após o incêndio em Araucania, região Sul do Chile (Agência Lusa)

A Fiscalía, equivalente ao Ministério Público no Chile, formalizou nesta sexta-feira (11), acusações contra dois mapuches que considera ligados ao incêndio que há uma semana ocasionou a morte de dois fazendeiros na região de Araucanía, Sul do país. Celestino Córdova, foi acusado por incêndio terrorista com resultado de morte, roubo com violência e incêndio de três veículos, enquanto a acusação contra seu irmão José se refere a porte ilegal de armas.

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Investigação secreta

Segundo  a Rádio Universidade do Chile, um dos pontos de maior controvérsia da audiência se deve à solicitação da defesa em ter acesso aos documentos do processo, que não foram colocados à disposição dos advogados devido ao caráter secreto da investigação, previsto pela Lei Antiterrorista, acionada pelo governo chileno para tratar o conflito na região. O juiz Luis Olivares deu um prazo de seis meses para realizar a investigação do caso, que continuará secreta 70 dias após o término. Durante a audição, foi necessário um tradutor a fim de que os imputados pudessem expressar-se no idioma mapuche, que dominam melhor que o espanhol.

Acusados

Celestino foi detido há uma semana, próximo à casa dos fazendeiros Werner Luchsinger e Viviane Mckay, incendiada por um grupo de encapuzados. Uma gravação da ligação feita por Viviane Mckay à polícia foi apresentada como prova de acusação perante a Fiscalía. O casal foi encontrado morto dentro da casa no último dia 04. O acusado tinha uma ferida de bala no tórax, motivo pelo qual foi levado a um centro de saúde. A polícia prendeu seu irmão José na última quarta-feira (09), após uma busca em sua casa, onde encontraram uma escopeta, um revólver e munições. A audiência, que foi pública apenas na primeira fase, foi realizada em meio a fortes medidas de segurança, na cidade de Temuco. Líderes de várias comunidades mapuche negaram que o incêndio fatal tenha sido parte de suas ações por  reivindicação de terras que consideram ancestrais.

Psicólogos

Psicólogos da região de Araucanía expressaram preocupação pelo clima de “violência psicosocial” gerado nos últimos dias em decorrência dos ataques. “Sustentamos a urgência de fortalecer os processos de diálogo, e nesta direção fazemos um chamado à cidadania, aos meios de comunicação e em especial às autoridades, à temperança e a forma ética diante da tomada de decisões apressadas e ações de violência que afetam os direitos das pessoas e das comunidades”, disseram os profissionais por meio de comunicado.

Na declaração, os psicólogos apelam à “compreensão da complexidade de uma problemática histórica e multidimensional”, que culminou na crise presenciada nos últimos dias, após cadeia de incêndios provocados contra fazendas, escolas e maquinarias agrícolas da região.

Os profissionais lamentam a morte do casal de fazendeiros e rechaçam toda ação que leve à transgressão do direito à vida e aos direitos humanos. Também repudia a morte de sete indígenas mapuche assassinados entre 2002 e 2009, crimes que permanecem impunes.

* Com informações da agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina

Creative Commons - CC BY 3.0

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