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Obama e Romney não querem Irã como potência nuclear
Criado em 23/10/12 10h31
e atualizado em 23/10/12 10h45
Por Agência Lusa

Nova Iorque, 23 out (Lusa) - Os dois candidatos presidenciais norte-americanos consideraram no debate da segunda-feira (22) ser "inaceitável" que o Irã se torne uma potência nuclear e garantiram que defenderão Israel de qualquer eventual ataque.
"Enquanto for presidente, o Irã não terá armas nucleares", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, no terceiro e último debate com o republicano Mitt Romney, na Lynn University, em Boca Raton (Flórida).
Obama defendeu que a política de sanções está tendo sucesso, deixando a economia iraniana "mal das pernas"; e que os iranianos têm agora a opção de "escolher a via diplomática" ou enfrentar os Estados Unidos e o resto do mundo. O desacordo com Romney, afirmou, é que este defende uma "ação militar prematura”. O candidato republicano rejeitou, dizendo que uma ação militar seria um "último recurso" se "todas as alternativas fossem tentadas até à última instância".
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"Não há qualquer dúvida de que um Irã com capacidade nuclear é inaceitável para os americanos", afirmou Romney.
Romney defendeu ainda que as sanções estão funcionando, mas devem ser endurecidas, aumentando o isolamento econômico e diplomático. Defendeu ainda que o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad deveria ser mesmo levado perante um tribunal internacional por "incitação ao genocídio".
Ambos os candidatos asseguraram que, em caso de ataque, estarão do lado de Israel. Obama afirmou que a cooperação ao nível de serviços de informação e de Defesa é a maior da história entre os dois países.
Questionando o compromisso de Obama com a defesa do aliado Israel, Romney acusou o presidente de ter feito, logo após início do mandato, uma visita ao Oriente Médio para "pedir desculpas" pelas políticas norte-americanas. Isto porque, adiantou, Obama sugeriu em entrevistas que os Estados Unidos cometeram atrocidades aos países árabes e "frequentemente ditaram" ordens.
"A América não dita a outras nações. Nós libertamos outras nações de ditadores", afirmou Mitt Romney.
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