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Quantidade de grãos estocados a céu aberto “não é significativa”, afirma associação
Criado em 29/07/13 14h02
e atualizado em 29/07/13 14h48
Por Luciene Cruz
Edição:José Romildo
Fonte:Agência Brasil
Brasília – O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, minimizou hoje (29) a ausência de instalações adequadas para armazenamento da safra de milho. O produto está estocado a céu aberto em alguns municípios da região. Segundo ele, a quantidade de grãos que não recebeu o armazenamento adequado “não é significativa”.
“Tem sido difícil fazer o escoamento da supersafra, que cresce a cada ano e deixa a estrutura (de armazenagem) deficitária. Mas [o que sobra] não é uma quantidade significativa. Percorri a região durante o final de semana e verifiquei [o problema em sua real dimensão]”, disse. Fávaro disse que a produção de milho há dois anos era de 7,5 milhões de tonelada. A expectativa de colheita para a próxima temporada é de cerca de 17 milhões de tonelada.
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Nos últimos dias, produtores da região alegaram problemas para escoamento da chamada “safrinha” que ocorre durante o inverno. Após a colheita, parte da produção que deveria ir direto para os armazéns teve que ser estocada a céu aberto pela falta de espaço nos silos.
Segundo o presidente da Aprosoja-MT, o Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), idealizado pelo governo federal, tem garantido o escoamento rápido da produção. O Pepro é um subsídio concedido ao produtor rural que se disponha a vender seu produto pela diferença entre o preço mínimo estabelecido pelo governo e o valor do prêmio equalizador arrematado em leilão.
Até o momento, ocorreram dois leilões de 1 milhão de toneladas cada um. A expectativa é que ocorram mais dois ou três leilões com a mesma quantidade, nos próximos dias. "O governo tem que continuar realizando esses leilões para garantir o escoamento da safra", comentou.
Para o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Mato Grosso, Olvídio Miranda, o Pepro é a forma planejada pelo governo para ajudar a sustentar o preço do cereal aos produtores e garantir o escoamento para aliviar a pressão que a entrada da safra recorde no mercado exerce sobre os preços e sobre a falta de armazenagem. “Essa ajuda do governo ajuda dos dois lados ao garantir o preço mínimo e dar mais rapidez ao escoamento da produção excedente”, disse.
Miranda disse ainda que, em alguns casos, o estoque a céu aberto é por “conveniência” do produtor, para minimizar os custos. “Muitas vezes o milho colhido já está negociado: em vez de armazenar os grãos, o produtor coloca no pátio para reduzir os custos que seriam dobrados. Também ocorre de o armazém estar com soja prestes a desocupar o espaço, que depois serviria de estoque para o milho”, comentou.
Apesar dessas ocorrências por “conveniência”, o superintendente reconhece que existe escassez de armazéns na região. “Existe déficit porque a produção de milho é muito grande e cresce a cada ano”, disse.
O presidente da Aprosoja-MT disse que o produtor estoca a céu aberto por falta de opção. "Ninguém quer colocar o milho a céu aberto por conveniência, correndo o risco. É por extrema necessidade", disse.
Edição: José Romildo
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