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Ex-detentos que atuam no AfroReggae visitam TJRJ para conhecer como funciona a Justiça
Criado em 15/08/13 22h08
e atualizado em 15/08/13 22h32
Por Agência Brasil
Edição:Aécio Amado
Rio de Janeiro - Ex-detentos que atuam no AfroReggae visitaram hoje (15) o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) para conhecer como funciona a Justiça. A visita faz parte do projeto Conhecendo o Judiciário, desenvolvido pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).
O coordenador do Conhecendo o Judiciário, o juiz Joel Pereira disse que o projeto funciona há 16 anos e promove visitas semanais de estudantes de direito a escolas do estado e do município, e hoje abriu excepcionalmente para o grupo AfroReggae, que trabalha com pessoas que cumpriram pena e conhecem a parte da Justiça que para eles foi negativa.
“Eu estou à frente desse projeto há três anos e é o primeiro grupo que a gente recebe de ex-detentos, egressos do sistema penitenciário. Foi uma experiência muito boa, muito interessante, e esse projeto é importante para esse grupo do AfroReggae, porque essas pessoas já tiveram uma experiência com a Justiça”, disse. “A gente mostra e eles o lado positivo da Justiça, a atuação de um promotor. Que o promotor não é só para acusar em um processo. O promotor é de Justiça, e a Justiça se faz condenando ou absolvendo. O Ministério Público se destina a representar a sociedade, e nós mostramos esses caminhos”, completou.
De acordo com o juiz Joel Pereira, o grupo gostou das informações que recebeu sobre o trabalho da Justiça. “Teve um que foi até interessante. Ele disse: 'Poxa, se quando eu era menor tivesse essas informações, talvez a minha cabeça hoje fosse diferente'. Imagina, ele deu a entender que se tivesse essas informações antes, não cometeria uma infração penal”, ressaltou o coordenador do projeto.
A assessora dos Projetos de Empregabilidade do AfroReggae, Daniela Pereira, declarou que os ex-detentos que participam do projeto só conheciam um lado da Justiça, o lado que os juízes “batiam o martelo e os sentenciava”, uma visão negativa. "Agora eles passaram a admirar e respeitar mais o trabalho dos juízes. Com essa experiência, que tiveram hoje, eles vão levar para a comunidade e orientar as pessoas que procuram o AfroReggae”, disse.
Edição: Aécio Amado
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