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frente antigo museu do índio

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Vigilante acusado de estuprar índia no Colégio Dom Pedro II começa a ser julgado no Rio

Criado em 13/03/13 22h59 e atualizado em 14/03/13 08h06
Por Agência Brasil Edição:Fábio Massalli

frente antigo museu do índio
Na época do estupro, a índia morava na  Aldeia Maracanã, no prédio do antigo Museu do Índio. (Maria Valdés / facebook.com)

Rio de Janeiro – A primeira audiência de instrução e julgamento do caso de estupro da índia C. M. C., de 45 anos, ocorreu hoje (13) na 17ª Vara Criminal, no centro do Rio. O crime aconteceu no dia 22 de dezembro de 2012, nas dependências do Colégio Pedro II, em São Cristóvão, durante as comemorações de final de ano de que participavam movimentos sociais e sindicatos e foi cometido por um vigilante da instituição.

O acusado, Rodrigo da Silva Borges, de 25 anos de idade, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável, que é crime hediondo, e também por ameaça de morte à vítima, caso ela o denunciasse. Na ocasião, Borges foi encaminhado para a 6ª Delegacia Policial, na Cidade Nova, no centro do Rio, onde confessou o crime. O vigilante era funcionário da empresa Confederal Rio Vigilância, contratada pela própria escola.

A vítima foi levada para o exame de corpo de delito no Hospital Municipal Souza Aguiar e em seguida ao Centro Integrado de Atenção à Mulher (Ciam). Na época do estupro, a índia morava na  Aldeia Maracanã, no prédio do antigo Museu do Índio. Atualmente reside na Ocupação Luiza Mahin, na Glória, zona sul do Rio.

Para uma das advogados de acusação, Valéria Lima, que é voluntária e defensora dos direitos indígenas na Aldeia Maracanã, o crime reflete o desrespeito existente contra os indígenas. “A índia tinha ingerido bastante bebida alcoólica no evento e quando saiu estava se sentindo tonta. Ela foi pedir ajuda ao segurança, uma pessoa acima de qualquer suspeita, que foi supersolícito e a levou para uma área isolada do colégio, onde a estuprou. O segurança estava no seu horário de trabalho, usando farda”, disse a advogada.

Segundo o assistente de acusação e advogado do Movimento Frente Internacionalista dos Sem-Teto (Fist), André de Paula, é inimaginável que isso tenha ocorrido dentro de um espaço federal e por uma pessoa que devia prestar segurança e não cometer um ato desatinado, como aconteceu. “Na verdade, se repete aqui a opressão do branco sobre o índio. No passado, nossos irmãos portugueses os estupraram, roubaram e agora o branco continua fazendo a mesma coisa. É um caso emblemático, que mostra a discriminação, além de ato criminoso”.

A Fist está processando a empresa Confederal Rio Vigilância por tentativa de omissão de estupro e por ter aprovado em seu quadro de funcionários uma pessoa sem qualificação para o cargo. Como o crime aconteceu nas dependências do colégio, a Fist está processando também a União, por colocar em risco a vida de funcionárias e alunas da instituição.

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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