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Como o corpo humano consegue produzir leite?

Criado em 14/07/15 10h00 e atualizado em 14/07/15 10h03
Por Invivo - Fiocruz

De repente,  você descobre que sua mãe está novamente grávida... Ou sua amiga de infância vai ter um bebê. E elas vão alimentar seus filhos, dar leite por meio da amamentação. Mas como isso ocorre?

Antes de mais nada, é preciso dizer que os seres humanos fazem parte de uma classe de animais vertebrados, os mamíferos. Entre suas características, além de possuir pelos ou cabelos, os mamíferos se caracterizam pela presença de glândulas mamárias nas fêmeas, que produzem leite para alimentação dos filhos. Por isso mesmo, nos seres humanos, a menina já nasce com os canais mamários formados e vai desenvolvendo os seios, de acordo com a estrutura do próprio corpo.

Quando as meninas vão crescendo, o corpo começa a se preparar para a reprodução. Os hormônios começam a agir no corpo da mulher e as glândulas mamárias começam a se manifestar.

Durante a gestação do bebê, não é diferente. A mulher passa por uma série de transformações, que preparam o corpo, não só para abrigar e dar nutrientes ao bebê durante os noves meses no útero, mas também para possibilitar a produção do leite.

No corpo da mulher, a placenta (massa na extremidade do cordão umbilical que faz a comunicação entre o feto e a mãe no útero) vai se desenvolvendo e liberando os hormônios que agem no corpo da mulher: estrogênio e progesterona. Estes hormônios fazem os seios da mulher ficarem maiores e mais sensíveis, além de desencadearem o sistema biológico que torna a amamentação possível.

“Fábrica” de leite

Depois que o bebê nasce e tenta mamar, outros dois hormônios continuam agindo: a prolactina e ocitocina.  Quando o hormônio prolactina é liberado no organismo, é como um comando que ativa a produção do leite nos alvéolos mamários, células no interior dos seios.  

Cada vez que a criança tenta puxar o leite, este processo ocorre, liberando, também, a ocitocina, que provoca contrações nos músculos mamários que ajudam a levar o leite até a região da aréola mamária, uma área circular que envolve o mamilo. Todo o processo é reiniciado a cada amamentação, por isso, os pediatras explicam que, quanto mais o bebê mamar, mais o corpo vai produzir e liberar leite.

A importância da amamentação

O leite produzido pela mulher contém tudo que o bebê precisa para ser saudável, como proteínas, açúcares, gordura, vitaminas e água.

Facilmente digerido pelo bebê, o leite materno melhora seu desenvolvimento mental, a formação da boca, o alinhamento dos dentes. Além disso, fortalece a ligação entre a mãe e a criança.

Também possui determinados elementos, como anticorpos e glóbulos brancos, que protegem o bebê de algumas doenças e infecções, como otites, alergias, diarreias e pneumonias.  

O processo de amamentação ajuda a mulher a voltar mais depressa ao peso anterior à gravidez, além de protegê-la contra anemia e osteoporose, entre outros benefícios.

Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o uso exclusivo de leite materno até os seis meses da criança. Isto significa que, até os seis meses, o bebê deve apenas tomar leite materno, sem receber qualquer outro alimento complementar. A OMS também aconselha a amamentação até, pelo menos, os dois anos de idade, com a inclusão de alimentos complementares, como sopas e papinhas, a partir dos seis meses.

Existem poucas situações em que podem ocorrer restrições ao aleitamento materno, como mães infectadas pelos vírus HIV, HTLV1 e HTLV2, ou o uso de alguns medicamentos. Se você conhecer alguém nesta situação ou enfrentando algum problema para amamentar, indique o apoio dos serviços de saúde.

Creative Commons - CC BY 3.0

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