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Por que os barcos não afundam?
Criado em 19/05/15 11h44
e atualizado em 19/05/15 11h58
Por Hospital Inantil Sabará
O carro afunda, o avião afunda e até a gente afunda se não souber nadar. Então por que o barco não afunda?
Para entender essa questão, você pode começar pensando na bolinha de gude. Apesar de ser pequenininha, tão menor do que o barco, não flutua que nem ele. Muito pelo contrário, vai direto para o fundo, rapidinho.
E uma bolota de massinha, será que afunda também? Coloque-a em um copo d’água e veja só o que acontece: para o fundo, igual a bola de gude. Mas e se a gente achatar a massinha igual a um barquinho? Ela flutua! E se agora a gente colocar a bolinha de gude dentro do barco de massinha? Ela afundou um pouquinho, mas continua flutuando! Por que será?
Tanto a bolinha de gude quanto a bolota de massinha afundam porque são mais pesadas do que a água que estaria no lugar que elas ocupam. Mas quando a bolota vira um barquinho de massinha ela se torna mais leve do que a água que estaria naquele lugar – e ainda consegue carregar a bolinha de gude.
Assim, quando você coloca o barquinho na água, o volume deslocado provoca uma reação em contrário.
Há muitos e muitos anos um italiano chamado Arquimedes descobriu que se o peso do barco for igual a essa pressão, que ele deu o nome de empuxo, o barco não vai afundar: ele se equilibra pela própria força da pressão que recebe da água.
O formato do barco também ajuda um bocado a manter o equilíbrio e a compensar essa pressão, por isso, quando ele está na água, vazio, você pode reparar que grande parte do casco fica para o lado de fora da água – e conforme vai recebendo peso, como as bolinhas de gude, o casco vai afundando.
Se tiver peso demais em cima do barco, aí não tem jeito, o peso não vai ficar igual à pressão, ou seja, ao empuxo, e o barquinho vai acabar afundando. Por isso é preciso distribuir direitinho o peso, como aqueles navios de carga que a gente vê no porto, cheio de containers – mas só até um determinado limite.
A flutuação também vai depender do meio, porque nem toda água é igual. A água salgada é mais densa e ajuda a flutuar mais do que a água doce, aquelas dos rios e lagoas – e da piscina também. Os sais dissolvidos que existem na água do mar ajudam o barquinho a flutuar, como se ajudassem a segurá-lo em cima d’água.
É só um pouquinho, cerca de 3% a mais que a água doce, mas isso já faz diferença. Isso é o que chamamos de a densidade da água. Quanto mais densa a água, quanto mais salgada, no caso do mar, maior a sua flutuabilidade, ou seja, mais fácil o barquinho flutuar – e carregar bolinhas de gude.
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