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Imagem: platinumportfolio / Pixabay

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Queda: evite acidentes com medidas simples

Criado em 29/03/16 11h26 e atualizado em 29/03/16 12h03
Por Dra. Regina Maria C. Gikas* e Dra. Renata D. Waksman** Fonte:Pediatra Orienta - Sociedade de Pediatria de São Paulo

As quedas representam a principal causa de atendimentos em serviços de emergência e de internações em crianças de zero a nove anos de idade. Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou que 50% dos atendimentos em crianças nessa faixa etária foram devidos a esta causa. Os dados mostram ainda que o perigo nem sempre está nas ruas. A maioria das quedas ocorre na casa onde as crianças vivem.

Dependendo da idade da criança, as consequências são muito diferentes, podendo ocasionar sequelas graves.

Experimentar, brincar, correr faz parte do processo de crescimento e desenvolvimento normais da criança. Sem noção dos riscos e perigos que a cercam, ela explora o ambiente e quer ter contato com tudo que há de novo, de uma forma diferente do adulto, vendo o mundo de baixo para cima. Por tudo isso o adulto tem que olhar o ambiente onde a criança vive com “olhos de criança”.

De onde as crianças caem?

Crianças pequenas (menores de 5 anos) caem de uma determinada altura, como: do colo, do trocador, do carrinho, do andador, do cadeirão, da cama, do sofá, de escadas, de janelas, de equipamentos de playground. As quedas podem acontecer também da própria altura da criança, causadas por tropeções, pisadas em falso ou desequilíbrios.

Em crianças e adolescentes de idade entre 5 e 14 anos as quedas são relacionadas a atividades recreativas e esportivas.

Uma particularidade do nosso meio é a presença de edificações sem telhados definidos (laje ou terraços), sem proteções adequadas, que constituem locais onde podem acontecer atividades variadas, como andar de bicicleta, empinar pipa, estender roupa para secar, fazer churrasco etc. As quedas destes locais altos são muito graves e, quando não causam a morte, podem deixar sequelas permanentes.

Partes do corpo que podem ser atingidas:

- Cabeça (ossos do crânio, cérebro e face)
- Membros
- Tórax e abdome

Tipos de lesões:

- Cortes
- Contusões
- Lacerações
- Fraturas,
- Hematomas
- Equimoses
- Perda dentária
- Hemorragias
- Lesões em órgãos internos

Em crianças pequenas, as chances de um ferimento mais grave são maiores, devido maior tamanho e peso da cabeça em relação ao corpo e estrutura óssea ainda em processo de formação.

Quedas de alturas menores não necessariamente são inofensivas, é importante saber a altura e em que superfície ocorreu, além da posição na qual a criança atingiu o solo. Cair na areia ou grama é completamente diferente da queda em piso rígido (pedra ou cerâmica).

O papel dos pais e responsáveis na prevenção

Sabemos que não é possível evitar toda queda, “tombinhos” fazem parte da rotina de aprendizado da criança. Mas NADA pode substituir a supervisão de um adulto atento e responsável.

Algumas dicas:

- NUNCA deixe o bebê sozinho em qualquer local da casa, particularmente em cima do trocador, cama, sofá, mesmo que a criança ainda não tenha adquirido a capacidade de rolar.

- Andadores são perigosos e não devem ser utilizados.

- O bebê SEMPRE deve estar com o cinto afivelado quando estiver no bebê conforto, carrinho e cadeirão.

- Não posicione o berço nem qualquer mobília próximos a janelas e mantenha as grades laterais do berço sempre elevadas.

- O estrado e o colchão do berço devem estar na posição mais baixa antes da criança estar sentando sem apoio.

- NUNCA deixe soltos no berço travesseiros, almofadas, brinquedos ou protetores de grades frouxos, podem virar degraus para a criança tentar pular do berço.

- Quando a criança estiver na idade de passar para a cama, prefira modelo baixo com grade protetora dos dois lados.

- Proteja janelas, varandas e escadas com grades, redes e portões de segurança.

- Auxilie e supervisione crianças próximas a escadas, degraus e varandas.

- NUNCA permita que as crianças tenham acesso à laje e terraço que não tenham proteção.

- Disponha os móveis criando espaços para a criança circular.

- Se tiver tapetes nas áreas de circulação das crianças, estes devem ter material antiderrapante em sua face inferior e utilize modelos de borracha nos banheiros.

- Trave portas e bloqueie o acesso às áreas perigosas da casa, como lavanderia, cozinha e área externa.

- Brinquedos devem ser guardados após o uso e todos os objetos que possam provocar tropeços e quedas devem estar longe do alcance da criança.

- Crianças devem usar equipamentos de segurança na prática esportiva (capacete, joelheira).

- Supervisione sempre seus filhos quando estiverem em playgrounds, não permita que pulem dos equipamentos recreativos.

*Dra. Regina Maria C. Gikas
Membro do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da SPSP.
**Dra. Renata D. Waksman
Presidente do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da SPSP e Coordenadora do Núcleo de Estudos da Violência contra a Criança e o Adolescente da SPSP.

Creative Commons - CC BY 3.0

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