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Quer ser um astrônomo amador?

Criado em 04/08/15 10h58 e atualizado em 04/08/15 11h27
Por Marcelo da Cruz Costa de Souza Fonte:Blog Espaço do Conhecimento - UFMG

Você já ouviu falar em um cirurgião amador? E um engenheiro civil amador? Certamente lhe causou estranheza ler o termo “amador” associado a profissões que exijam tamanha carga de formação, competência e experiência. Mas, existe uma área do conhecimento em que não há uma conotação pejorativa em ser um amador, e na qual um grande número de amadores são grandes colaboradores no trabalho dos profissionais de carreira. A área do conhecimento em questão é a a astronomia.

Um caminho interessante para se tornar um astrônomo amador é ler bastante sobre o assunto, passar muitas e boas noites contemplando os céus a olho nu, geralmente com cartas celestes ou softwares de simulação do céu, procurando identificar estrelas e suas constelações. Por ser um instrumento muito versátil, um binóculo de boa qualidade óptica, de configuração 7X50, seria um bom instrumento para ser usado pelos iniciantes. Entrar em contato com grupos de astrônomos amadores de sua cidade ou região também é uma ótima dica. Geralmente eles promovem noites de observação coletiva, chamadas de star party, onde o interessado pode ficar mais por dentro dos tipos de telescópios existente e até adquirir um.

Nesse estágio da contemplação, após observar o céu por alguns anos com seu telescópio, o interessado pode optar por atuar em uma área da astronomia pela qual ele sinta maior afinidade. Nasce aí o astrônomo amador, pronto para pesquisa e para produzir dados de observação que possam ser de utilidade para outros pesquisadores. Logo, astrônomo amador é aquele que se dedica seriamente ao estudo observacional do céu, sem receber remuneração para isso, ele geralmente exerce outra profissão na vida, de onde tira seu sustento.

Alguns astrônomos amadores se tornaram ícones da área pelas contribuições realizadas em suas áreas de interesse. O inglês sir Patrick Moore (1923-2012), que na Segunda Grande Guerra foi navegador da Royal Air Force, tomou gosto pela astronomia e, em 1957, estreou na TV BBC um programa chamado The Sky at Night. No ar por 55 anos, o programa foi um enorme sucesso na história da divulgação da astronomia e rendeu inúmeros livros. O sul-africano Jack Bennett (1914-1990) descobriu dezenas de cometas brilhantes, que levaram seu nome, além de algumas supernovas. O neozelandês Albert Jones (1920-2013), um educador secundarista, realizou mais de cem mil observações de estrelas variáveis, descobriu três cometas e codescobriu uma Supernova, em 1987. O sino-estadunidense John Dobson (1915-2014), era químico, mas sua enorme contribuição na elaboração de um sistema de montagem mecânica para telescópios amadores, chamado montagem dobsoniana, fez com que os custos de construção de um telescópio amador caíssem vertiginosamente. Com isso, Dobson ganhou uma legião de fãs e popularizou a astronomia, levando os telescópios às ruas de cidades do mundo inteiro.

No Brasil, temos nomes importantes como Jean Nicolini (1922-1991), que por mais de 50 anos dedicou-se a observação do céu nas mais diferentes áreas, incluindo o Sol. Trabalhou com afinco na divulgação da astronomia, ao inaugurar vários observatórios municipais no interior de São Paulo. Atualmente, nosso maior expoente está no engenheiro civil mineiro Cristovão Jacques Lage de Faria (1962 -), que junto à sua equipe já descobriu dezessete asteroides, quinze Supernovas, três estrelas variáveis e, atualmente, se dedica a busca de Objetos Próximos a Terra (NEOs), por via de um observatório situado em Oliveira – MG. Nesse observatório, batizado de SONEAR, o grupo realizou duas descobertas históricas de cometas.

Creative Commons - CC BY 3.0

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