one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Imagem:

Compartilhar:

Para pagar dívidas do Guarani, Brinco de Ouro corre risco de ser demolido

Criado em 29/05/15 19h52 e atualizado em 07/07/16 14h19
Por Edgard Matsuki Edição:Nathália Mendes Fonte:Portal EBC

Palco de duas finais de Campeonato Brasileiro, o Brinco de Ouro da Princesa (localizado na cidade de Campinas, São Paulo) completa 62 anos neste dia 31 de maio no centro de uma briga judicial e correndo risco de ser demolido. O ponto-chave da questão é o leilão do estádio por R$ 105 milhões a fim de para abater dívidas trabalhistas do Guarani – equipe que manda os jogos no local.

De um lado da discussão na Justiça estão o Guarani e o grupo de investimentos MMG (parceiro do clube), que não querem perder o patrimônio e tentam embargar, na Justiça, a venda. Do outro, estão ex-funcionários e ex-jogadores do clube que querem o pagamento das dívidas. A briga ainda conta com a Maxion Empreendimentos Imobiliários, que venceu o leilão, e a Prefeitura de Campinas, que alega ser dona de parte do complexo que abriga o estádio. 

Leia também:

Entenda o caso do leilão do Brinco de Ouro da Princesa
De palco de decisões a risco de demolição: conheça a história do Brinco de Ouro

Assista também

A aquisição do terreno por parte da Maxion, que não se envolve com negócios no esporte, sinalizou que o estádio deve ser demolido para dar lugar a outro empreendimento no terreno, localizado em uma área valorizada da cidade. De acordo com Claudio Luiz Zaffari, diretor do Grupo Zaffari (dona da Maxion), ainda não há definição do que será construído no local, mas já há estudos: “Serão apresentados estudos para valorizar a área e dar a ela novas vocações”.

No momento, a situação é a seguinte: a aquisição do estádio por parte da Maxion está condicionada a dois embargos à negociação que tramitam na Justiça – uma da Magnum e outra do Guarani. Caso os embargos sejam derrubados judicialmente, a Maxion vai poder adquirir o estádio pagando um valor de entrada de R$ 31,5 milhões (que já ajudariam a pagar os débitos do clube) e o restante em até 12 vezes.

Os detalhes sobre como seria esse local está sendo mediado pela Justiça. A juíza Ana Cláudia Torres Vianna aponta que o Guarani ainda apresenta uma resistência à proposta porque acredita que o Brinco de Ouro tem um valor muito maior do que o vendido no leilão.

Para amenizar o impasse, a Justiça está costurando um acordo em que o Guarani mandaria todas as suas partidas no estádio até o final deste ano. A partir do ano que vem, a Maxion começaria a construir um estádio de 10 mil lugares (atualmente, o Brinco de Ouro abriga 30 mil pessoas), um novo centro de treinamentos e uma nova sede social para o time. “Esse dinheiro investido seria para além do R$105 milhões pagos pelo estádio”, aponta a juíza. 

O Guarani, por meio de nota, apontou não deve negociar com a Maxion antes que se esgotem todas as possibilidades de cancelar a venda do estádio. “Tê-los ouvido não caracteriza uma negociação. Apenas após a palavra final da Justiça o clube irá se manifestar quanto aos passos seguintes”, decreta. 

estadio-do-guarani-pode-ir-a-leilao
Para amenizar o impasse, a Justiça está costurando um acordo em que o Guarani mandaria todas as suas partidas no estádio até o final deste ano

Foto: Divulgação

O time admite que, por causa de gestões anteriores, a dívida trabalhista atual é impagável e até admite a venda do estádio. Porém, não quer que o estádio seja demolido: “Não trabalhamos com a possibilidade de demolição, já que pode haver reviravoltas no processo”.

Ana Cláudia acredita que se as partes (credores, Guarani e Maxion) chegarem a um entendimento a questão do Brinco de Ouro e das dívidas deve ser resolvida rapidamente. Caso não haja acordo, uma definição do caso poderá ficar nas mãos de outras instâncias da Justiça: “Um processo que se arrasta desde 2001 deve durar ainda mais uns dois anos”, completa.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário