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Argentinos pedem mais apuração sobre morte de 43 estudantes no México

08/02/15 12h34
Agência Lusa

A Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF) encontrou numerosas irregularidades nas investigações da procuradoria mexicana sobre o desaparecimento de 43 estudantes em 26 de setembro de 2014, no México, e defende que o caso não seja encerrado.

"Até ao momento, a EAAF ainda não tem evidência científica para estabelecer que, na lixeira de Cocula, existam restos humanos que correspondam aos estudantes", informou a entidade em um comunicado, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Em 27 de janeiro, o procurador mexicano Jesus Murillo disse que havia suficientes provas científicas para concluir que os estudantes foram assassinados e incinerados por membros do cartel Guerreros Unidos em uma lixeira do município de Cocula, e as cinzas lançadas no rio.

Murillo apresentou evidências recolhidas no terreno, localizado a poucos quilômetros do município vizinho a Iguala, de onde desapareceram os estudantes. Eles teriam sido detidos por policiais, por ordem do então presidente da Câmara, José Luís Abarca, para serem  entregues aos narcotraficantes.

Desde que, no início de outubro, foram encontrados vários corpos em valas no município de Iguala, os familiares dos 43 estudantes exigiram que a EAAF fizesse a identificação como equipe independente. Os argentinos concordaram em trabalhar em conjunto com a procuradoria mexicana.

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