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Reunião da OEA discute dívida argentina

03/07/14 17h13
Mariana Branco

Em reunião realizada hoje (3) em Washington pela Organização dos Estados Americanos (OEA), a pedido da Argentina, está sendo discutida a crise da dívida externa do país. O ministro da Economia argentino, Axel Kiciloff, expõe o caso argentino às autoridades.

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, viajou para os Estados Unidos e está no encontro. As delegações do Brasil e do Uruguai prepararam, ainda, um projeto de declaração favorável à posição argentina com respeito à reestruturação da dívida. 

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O documento, disponível no site da OEA, considera “essencial para a estabilidade e previsibilidade da estrutura financeira internacional a garantia de que os acordos alcançados entre os devedores e os credores, no contexto dos processos de restruturação das dívidas soberanas, sejam respeitados, permitindo que os fluxos de pagamento sejam distribuídos aos credores cooperativos”.

No último dia 26, a Argentina depositou US$ 1 bilhão destinados ao pagamento de 93% dos credores que aceitaram a reestruturação da dívida com o país. Entretanto, o juiz norte-americano Thomas Griesa ordenou a restituição da verba ao país, entendendo que os argentinos devem pagar a fundos especulativos, conhecidos como fundos abutres, que reclamam 100% do valor nominal dos títulos. 

Nesta quinta-feira, antes do início da reunião, o chefe da Casa Civil da Argentina, Jorge Capitanich, disse esperar que, no dia 7 deste mês, data estabelecida por Daniel Pollak, mediador escolhido pelo juiz Griesa, tenha inicio o diálogo “para determinar as condições de negociação” com os fundos abutres. O ministro Capitanich ressaltou que os fundos “usam o Poder Judiciário para extorquir [dinheio] dos governos”. Capitanich deu as declarações à imprensa, antes de discursar em uma universidade.

O Brasil já havia manifestado apoio à Argentina no início da semana, quando o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse que, como se tratava da reestruturação da dívida de um país soberano, a solução deveria ser diplomática, negociada entre devedor e credores.

*Com informações da Télam

Editor Nádia Franco

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