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Uruguai quer evitar “turismo da maconha”

05/08/13 20h14
Portal EBC

Brasília - Aprovado pela Câmara dos Deputados e prestes a ser votado pelo Senado do Uruguai, o projeto de lei que regulamenta a venda da maconha no país terá como preocupação central evitar o “turismo da maconha”, segundo afirmou à agência Télam o diretor da Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada.

“É uma preocupação central não gerar um turismo canábico e há no Uruguai um compromisso para que nossas políticas soberanas não impactem negativamente em outros países vizinhos e nem contradigam suas políticas”, advertiu.

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Para que isso não ocorra, “se estabelecerá um registro de usuários com a condição de residência no país, que não dependerá de nacionalidade ou cidadania, mas de residência”, explicou.

Calzada também informou que, caso seja aprovado no Senado, o projeto prevê que cada grama de maconha seja vendida a U$ 2,5, “em linha com o mercado negro”. “Ficou decidido que  não fique muito acima nem muito abaixo do atual, para não permitir desvios de produto de um mercado a outro”.

O projeto estabelece que a venda será pela rede de farmácias, “porque tem a tecnologia, a segurança e a expertise para fazê-lo”. Para isso, será regulamentado um sistema de licenças para os estabelecimentos interessados em vender maconha.

Segundo a última pesquisa da Junta Nacional da Droga, no Uruguai há cerca de 20 mil consumidores diários de maconha em um total estimado de 120 mil consumidores, 20% dos uruguaios entre 15 e 65 anos consumiu maconha alguma vez na vida e 8% consumiu a substância no último ano.

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