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Bolívia pede à ONU que se pronuncie sobre retenção de Evo Morales na Europa

04/07/13 16h41
Portal EBC*

Brasília - O governo boliviano entregou nesta quinta-feira (04) uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, com o objetivo de “impedir que se abra um nefasto precedente que poderia afetar a outros  dignatários e colocar em risco a convivência pacífica entre os estados” e pede que se pronuncie frente a esta agressão que “mostra com clareza que as liberdades e os direitos mais elementares podem submeter-se aos interesses de uns poucos em prejuízo da maioria”.

A carta, a que teve acesso a agência pública de notícias de Cuba, Prensa Latina, está assinada pelo representante permanente da Bolívia ante o organismo mundial, Sacha Llorenti, e reprova a atuação das autoridades francesas, portuguesas, italianas e espanholas, por não permitirem o pouso para abastecimento do avião presidencial que levava o presidengte boliviano Evo Morales de Moscou a La Paz.

O texto qualifica essa conduta de “flagrante violação ao direito internacional e à segurança pessoal e liberdade do presidente boliviano”. “Se cometeu um atentado às mais elementares normas da diplomacia a que estão obrigados os estados”, diz.

Pronunciamento

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira (04) que os EUA pressionaram a países europeus integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para que o retivessem no continente, ante a possibilidade de que a bordo do avião em que viajava estivesse também o ex-agente de segurança dos EUA, Edward Snowden.

“Não posso entender como França, Espanha, Portugal e Itália atuem como fieis obedientes aos ditados dos Estados Unidos. Esses países que antes eram defensores da democracia e dos direitos humanos agora sãos os primeiros submetidos aos EUA”, afirmou em entrevista à rádio Caracol.

Bolívia nega pedido de extradição dos EUA

O governo da Bolívia devolveu à embaixada dos Estados Unidos a solicitação de extradição do ex-agente de inteligência, Edward Snowden, por considerá-la ilegal e infundada, informou nesta quinta-feira (04), a diplomacia boliviana.

De acordo com o comunicado, o Ministério de Relações Exteriores da Bolívia realizou a devolução “imediata e categórica” do pedido. “A estranha, ilegal, infundada e sugestiva solicitação de extradição de uma pessoa que não está em território do Estado solicitado, será devolvida ao governo dos EUA”, diz o comunicado.

* Com informações das agências públicas de notícias de Cuba, Prensa Latina e da Argentina, Télam

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