Compartilhar:

Número de vítimas de desabamento em Bangladesh já ultrapassa 650

06/05/13 06h59
Renata Giraldi*
Número de vítimas de desabamento em Bangladesh já ultrapassa 650 (Agência Lusa)

Brasília – O número de mortos no desabamento de um prédio industrial em Dacca, em Bangladesh, ultrapassa 650, segundo o último balanço oficial. O desabamento ocorreu há 12 dias. No edifício de nove andares funcionavam cinco fábricas de tecidos e roupas, um mercado e um banco. A estimativa é que mais de 3 mil pessoas estavam no local quando houve o acidente, que gerou cobranças às autoridades do país sobre a supervisão de obras e prédios.

O major Manzur Elahi, do gabinete criado pelo Exército para coordenar as operações de socorro, confirmou os números. O cálculo é que 2.437 pessoas foram resgatadas com vida. O balanço foi divulgado em meio a protestos de parentes e amigos na área em que são feitas as operações.

Leia também:

Bangladesh recusa apoio estrangeiro e diz que ações internas foram exemplares

Após tragédia, indústria têxtil de Bangladesh apela para que marcas mantenham encomendas

Operários de Bangladesh pedem pena de morte para dono do prédio que desabou

Os corpos localizados estão em estado de decomposição, dificultando a identificação. Algumas vítimas foram identificadas por meio de objetos pessoais, como celulares, carteiras e cartões encontrados nos bolsos e bolsas.

A polícia de Bangladesh deteve 12 pessoas, incluindo o dono do prédio, Sohel Rana, e quatro proprietários de fábricas, por obrigarem os funcionários a trabalhar um dia depois de terem surgido rachaduras na estrutura do prédio. Os condenados podem receber pena de morte.

Bangladesh é o segundo maior produtor de roupa do mundo e a indústria têxtil é a base de sua economia. No entanto, apresenta índices de segurança considerados alarmantes. O acidente levou a novas acusações, por parte de ativistas, de que as multinacionais ocidentais colocam os lucros à frente da segurança ao produzir em países onde os trabalhadores ganham menos de US$ 40 por mês.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

Edição: Graça Adjuto

Compartilhar: