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Palavra será negada a deputados que não reconheçam vitória de Maduro

17/04/13 11h06
"Se não reconhecem o presidente, não reconhecem também as instituições do país", declarou o presidente do Parlamento venezuelano (Télam)

O presidente do parlamento da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou na terça-feira (16) que os deputados que não reconheçam o resultado das eleições presidenciais do domingo (14) “não terão direito à fala” nas sessões do plenário.

“Não terão direito da palavra no parlamento todos os deputados que não reconheçam o resultado das urnas, em que venceu o presidente interino Nicolás Maduro. Se não reconhecem Maduro como presidente, que falem apenas na [emissora privada] Globovisión”, declarou Cabello, acrescentando que a falta de reconhecimento ao presidente também é a falta de reconhecimento às instituições venezuelanas.

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Em uma sessão da Casa Legislativa, o presidente do parlamento e também líder do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) perguntou ao deputado da oposição Ismael Garcia – que tinha pedido a palavra – se ele reconhecia a vitória de Maduro. Cabello ficou sem resposta.

Garcia pertence à Mesa de Unidade Democrática (MUD), partido do líder Henrique Capriles, que perdeu as eleições presidenciais e negou reconhecimento à vitória da situação se o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não contar novamente todos os votos.

Bate-boca

Por conta das desavenças, o parlamento venezuelano não conseguiu avançar no debate de projetos sobre desarmamento e regulação do mercado automobilístico. Nesse momento, alguns deputados retiraram-se do plenário e foram qualificados por Cabello como “assassinos” e “fascistas”. Começou então um enfrentamento entre os deputados, deixando feridos os parlamentares opositores Julio Borges e William Dávila.

Após a saída da oposição do recinto, o presidente da Casa aprovou – com maioria de votos por parte de aliados – uma resolução de respaldo do Parlamento às eleições presidenciais de sucessão de Hugo Chávez e aos episódios de violência registrados na segunda-feira.

* Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Télam

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