Compartilhar:

Rebeldes assumem controle de maior aeroporto militar no norte da Síria

11/01/13 17h12
Portal EBC*
Enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Lakhdar Brahimi, se encontrou em Genebra com representantes da Rússia e dos EUA para tentar pôr fim ao conflito (Foto: Agência Télam)

Os rebeldes sírios assumiram nesta sexta-feira (11) o controle do aeroporto militar de Taftanaz, o mais importante da região norte da Síria, divulgou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), por meio de seu porta-voz, Rami Abdel Rahmane. A  conquista da fação rebelde acontece no mesmo dia em que o emissário da ONU e da Liga Árabe, o diplomata argelino Lakhdar Brahimi, se encontrou com representantes da Rússia e dos Estados Unidos em Genebra, Suíça, para tentar encontrar uma solução para o conflito.

Pouco depois da conquista da base aérea, a aviação do regime de Damasco bombardeou as pistas e os edifícios do aeroporto, de acordo com o observatório. O grupo Ahrar al-Cham afirmou, em comunicado, que “o controle do aeroporto abre uma porta para a libertação de toda a província de Idleb, porque se trata da maior base de helicópteros do norte da Síria e o segundo aeroporto de helicópteros mais importante do país”.

Leia também:

Crise na Síria é tema de reunião na Suíça

ONU: número de refugiados sírios chega a 600 mil

Em Genebra, o enviado especial para Síria, Lakhdar Brahimi, afirmou hoje que a oposição admite incluir membros do regime sírio num eventual governo de transição e insistiu que "não é possível" uma solução militar para o conflito. "Creio que do ponto de vista [dos grupos da oposição] nem todos os membros do governo [do Presidente sírio Bashar Al Assad) e das instituições do Estado podem ser excluídos", afirmou Brahimi após uma reunião em Genebra com os "números dois" dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros da Rússia e dos EUA, Mikhail Bogdanov e William Burns, respetivamente.

A oposição "não exclui toda a gente e isto será também objeto de negociações no futuro", disse o mediador à comunicação social. Sobre a evolução do conflito, que segundo a ONU já fez mais de 60.000 mortos desde março de 2011, o enviado especial assegurou que uma vitória militar de algumas das partes é impossível e que "não há uma solução ao virar da esquina".

* Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

Compartilhar: