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Oriente Médio continua sob os efeitos da Primavera Árabe

13/12/12 20h10

Os países que protagonizaram a Primavera Árabe no Oriente Médio, com protestos populares e a derrubada de regimes ditatoriais, passaram por novos momentos de tensão política durante 2012.

Os conflitos entre opositores do presidente sírio Bashar al-Assad e as tropas do governo se intensificaram em 2012 e causaram uma série de críticas ao país. No dia 29/05, segundo observadores da ONU, um massacre de mais de 100 civis  por tropas leais a Assad causou a expulsão de diplomatas sírios de vários países ocidentais. No dia 05/06, em reação à ação coordenada pela União Européia e pelos Estados Unidos, anunciou a expulsão de embaixadores e diplomatas de 11 países ocidentais.

Já o presidente deposto no Egito, Hosni Mubarak, foi sentenciado à prisão perpétua no dia 02/06 como cúmplice da morte de 850 manifestantes na revolução egípcia de 2011. No dia 07/06, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban ki-moon, disse que a equipe de monitores que tentava chegar ao local onde teria ocorrido um novo massacre na Síria foi atacada.

No dia 08/07, pouco mais de uma semana após assumir a presidência do Egito, o islamita Mohamed Mursi decidiu pela restauração do Parlamento do país. Formado por maioria liderada pela Irmandade Muçulmana, o espaço legislativo do país havia sido dissolvido em junho por decisão da Suprema Corte Constitucional do país.

No dia 20/07, o agravamento da violência na Síria levou a presidenta Dilma Rousseff a fechar a Embaixada do Brasil em Damasco e o embaixador do Brasil na Síria, Edgard Casciano, deixou a capital do país com destino a Beirute, no Líbano, por via terrestre. O conflito na Síria ultrapassa as fronteiras e no dia 23/08, após quatro dias de batalha em Trípoli, no Norte do Líbano, dez pessoas morrem e 86 ficam feridas durante confrontos entre dois grupos muçulmanos - os alauitas e sunitas.

Em setembro, o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, John Christopher Stevens, morreu durante um ataque ao consulado norte-americano na cidade de Benghazi. O ataque  faz parte de uma onda de indignação que surgiu em alguns países muçulmanos após a circulação, pela internet, de trechos de um filme que satiriza o profeta Maomé.

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