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Piñera avalia mudanças no governo para eleições presidenciais do Chile

30/10/12 18h57

O presidente chileno, Sebastian Piñera, remodelará seu gabinete antes do 11 de novembro para substituir os ministros que serão candidatos nas eleições parlamentares e presidenciais de 2013, informou nesta segunda-feira (29), o porta voz do governo, Andrés Chadwick. Em entrevista ao canal 13 chileno, ele afirmou que a mudança deve incluir os ministros de Obras Públicas, Laurence Golborne e Defesa, Andrés Allamand, os dois pré candidatos presidenciais do partido governista. A decisão final está nas mãos do atual presidente.

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A lei chilena estabelece que os ministros que se candidatarão às eleições parlamentares que acontecem em 17 de novembro de 2013, devem sair do governo um ano antes. Piñera iniciará no dia 11 de novembro uma viagem para assistir a Cúpula Iberoamericana na cidade espanhola de Cádiz e visitar outros países europeus e a Turquia e por isso deve anunciar a mudança antes dessa data.
Até o momento, alguns ministros como os da Cultura, Luciano Cruz-Coke, Bens Nacionais, Catalina Parot e da Muler, Carolina Schmidt, tem mostrado interesse pela candidatura ao Senado.

Eleições Municipais

Os resultados desfavoráveis  nas eleições municipais deste final de semana, alimentaram o debate sobre a conveniência de que Golborne e Allamand saiam antes do governo para se concentrarem nas primárias, que elegerão o candidato presidencial da direita.

“O presidente disse que fará uma avaliação para tomar essa decisão com os ministros presidenciáveis”, afirmou o portavoz. As últimas pesquisas colocam Golborne como o melhor candidato governista para as eleições do ano que vem, ainda que o ministro de Obras Públicas perderia segundo as sondagens, se a ex presidenta Michelle Bachelet for candidata, o que não está confirmado.

O ministro Chadwick também analisou os resultados das eleições municipais deste domingo (28), marcadas por uma abstenção de 60% e pelos bons resultados da oposição de centro esquerda.

O portavoz lamentou especialmente a perde de Santiago Centro, uma das regiões emblemáticas da capital, onde a socialista Carolina Tohá, que foi portavoz do governo de Bachelet, superou o atual prefeito Pablo Zalaquett, da direitista União Democrata Independente.

“Perder Santiago nos doeu muito, havia muita expectativa no ambiente de que Pablo Zalaquett podia obter a reeleição”, afirmou.

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