Gregos protestam contra austeridade e visita de Merkel

Milhares de pessoas manifestaram-se nesta segunda-feira (8) em frente ao parlamento grego contra a visita da chanceler alemã, Angela Merkel, e as medidas de austeridade que o Governo de coligação negocia com os credores internacionais.

“As medidas de dor não passarão”, “Não ao memorando” ou “FMI e UE fora da Grécia” foram algumas das faixas exibidas pelos manifestantes – 6.000 segundo a polícia – que se concentraram na praça Syntagma, no centro da capital.

A manifestação foi convocada na semana passada pelos sindicatos, mas ganhou um novo sentido com o anúncio da viagem à Grécia da chanceler alemã, prevista para terça-feira. Atenas vai amanhecer totalmente vigiada, com o centro fechado ao tráfego e protegido por mais de seis mil polícias, para evitar incidentes durante o percurso de Merkel, que vai se  reunir com o primeiro-ministro e com o Presidente da Grécia, Carolos Papoulias.

Novas medidas de austeridade

Prevê-se que Merkel manifeste o seu apoio às novas medidas de austeridade, exigidas pelos credores internacionais em troca da concessão de uma nova parcela da ajuda financeira. Em paralelo, e na sequência de incidentes cada vez mais violentos com a polícia, ou aos crescentes confrontos entre neonazis, anarquistas e imigrantes, as principais confederações sindicais gregas (GSEE e ADEDY) emitiram um comunicado conjunto no qual afirmam que “as proibições policiais, a violência policial, as prisões de grevistas e de líderes sindicais são destinadas a reverter os direitos democráticos dos gregos".