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Líbia prende 50 suspeitos de envolvimento na morte de embaixador americano

16/09/12 16h20
EBC
Corpo de embaixador e funcionários mortos em ataque chegam aos EUA (Molly Riley / Pool)

Washington (Agência Lusa) – As autoridades líbias detiveram cerca de 50 pessoas na sequência do mais sério ataque a uma representação diplomática dos EUA em décadas, durante o qual o embaixador e outros três americanos morreram. O número foi divulgado pelo presidente do parlamento líbio, Mohammed al-Megaryef.


O embaixador Christopher Stevens e  três dos seus colaboradores morreram na terça-feira na sequência de um ataque violento de militantes islâmicos contra o consulado de Benghazi (no leste da Líbia).


De acordo com as informações divulgadas pelo presidente do parlamento líbio, um "pequeno número" dos responsáveis pelo atentado eram estrangeiros, alguns do Mali e da Argélia. Para o líder do Senado líbio, os ataques não tiveram relação com protestos contra um filme anti-islâmico produzido nos Estados Unidos, que tem provocado revolta entre os seguidores do islamismo.

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Já a embaixadora americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, disse que um pequeno protesto contra o filme foi deturpado por um grupo de extremistas.

As condições caóticas na Líbia depois da queda do regime de Muammar Kadhafi vão complicar a investigação e os norte-americanos ainda procuram identificar quem foram os verdadeiros responsáveis pelo ataque, após especulações sobre o possível envolvimento da Al-Qaeda.

O governo de Barack Obama goza de boas relações com o novo executivo líbio, que autorizou os EUA a usarem aviões não tripulados (drones) e está disposto a cooperar em qualquer operação dirigida a militantes suspeitos.

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