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Angola vai às urnas para escolher presidente

31/08/12 12h50
Agência Lusa
Angola terá nesta sexta-feira as primeiras eleições presidenciais desde o fim da guerra civil, em 2002. (Agência Lusa)

Foram abertas nesta sexta-feira (31) as urnas para as terceiras eleições em Angola desde a independência em 1975, e o processo decorre "sem incidentes", segundo o presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André Silva Neto.

Em declarações à Agência Lusa após ter votado, na capital Luanda, no mesmo local onde votou o atual Presidente angolano e candidato a reeleição José Eduardo dos Santos, o responsável da CNE disse que se registou "um problema ou outro", mas que "o processo decorre de forma normal".

"O processo decorre dentro da normalidade, não há constrangimentos suscetíveis de perturbar o andamento normal e acreditamos que o processo derá concluído sem problemas", disse o responsável do órgão eleitoral, que mencionou apenas casos isolados em que os operadores tiveram dificuldade de "localizar os cadernos eleitorais", situação já resolvida.

Questionado pela Agência Lusa sobre se as eleições são um teste à credibilidade do processo e ao órgão que dirige, André Silva Neto respondeu que "naturalmente que é um teste porque grande parte das críticas foram feitas de forma infundada. Não há provas evidentes daquilo que algumas pessoas levantaram, de modo que estou tranquilo e confiante porque trabalhamos dentro da legalidade, com transparência", declarou.

Sobre as queixas apresentadas durante a campanha pelos partidos da oposição à transparência do processo e imparcialidade do órgão eleitoral, o responsável da CNE disse que "terão que ser provadas".

Os 9.757.671 eleitores angolanos votam hoje nas terceiras eleições da sua história para escolher a composição também do parlamento. O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde a independência, em 1975, tem seu candidato e atual presidente,  José Eduardo dos Santos, contra oito formações políticas. A eleição angolanafunciona no sistema de listas fechadas de candidatos. O primeiro da lista do partido mais votado se tornará presidente, e a proporção dos votos determinará a composição da Assembleia Nacional.

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