A história do Brasil depois de Cabral

Brasília - Imediatamente após a descoberta do Brasil, a coroa portuguesa não mostrou grande interesse na nova terra, que permaneceu "esquecida" pelos portugueses por cerca de 50 anos. "A conclusão a que eles chegam é que os espanhóis pegaram o pedaço bom, onde havia ouro e prata e aqui só havia povos primitivos e pau-brasil", conta o jornalista e historiador Pedro Doria, autor do livro 1505. Com o avanço do Império Otomano, Portugal começa a perder territórios na África o que leva sua atenção de volta para o Brasil com a ideia do negócio do açúcar com base nas experiências na Ilha da Madeira e São Tomé. A produção de açúcar sustenta Portugal durante um ano e meio.

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A primeira ameaça real ao controle espanhol e português no Brasil parte da França, em meio à divisão religiosa que acontecia na Europa entre protestantes e católicos que atinge o país. "A França estava se preparando para entrar no que a gente chama das  guerras religiosas. É o primeiro país que vai realmente rachar entre protestantes e católicos", afirma Doria.  Nesse contexto, a primeira frota francesa chega ao Brasil liderada pelo Cavaleiro da Ordem de Malta, Nicolas Durand de Villegagnon, que funda a primeira colônia francesa no país. Assim como o registro português sobre a chegada ao Brasil, a Carta de Pero Vaz de Caminha, os franceses também fizeram diversos relatos. Em entrevista ao Portal EBC Pedro Doria analisa o momento após a descoberta do Brasil, a chegada de franceses, a relação de portugueses e franceses com os indígenas e a importância dos nativos para a construção do país. Assista ao vídeo: