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Professor da UFRJ diz que rede elétrica pode ficar mais protegida quando é subterrânea

17/03/13 16h14
Isabela Vieira
Falcão destacou que um cuidado fundamental no caso da rede aérea é a poda habitual das árvores na rua. (foto: Carlos Ramalhete / Creative Commons)

Rio de Janeiro - Vulnerável a raios, a árvores ou galhos que caem durante os temporais, a rede elétrica pode ficar mais protegida quando é subterrânea em vez de área (passando por postes). A avaliação é do professor de engenharia elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Djalma Falcão. Ele lembrou que até Nova York, nos Estados Unidos, sofreu com interrupções no fornecimento durante a passagem do ciclone tropical Sandy, em outubro de 2012, que arrancou postes.

Para ele, a solução é proteger os cabos embaixo de ruas e calçadas. Segundo o professor o problema é o custo desse tipo de instalação, que pode ser até dez vezes o valor da instalação da rede aérea. “A rede subterrânea, mais confiável, só é instalada quando há alta densidade de pessoas”, informou.

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Falcão destacou que um cuidado fundamental no caso da rede aérea é a poda habitual das árvores na rua. “[Isso é essencial para que], mesmo batendo vento forte, a árvore não alcance a rede elétrica". Outros cuidados importantes são a vistoria de árvores com problema que possam cair a qualquer hora e a própria manutenção da rede elétrica. “Às vezes, a gente vê um emaranhado de fios em vários postes".

Sobre riscos de explosões de bueiros por onde passam os fios da rede elétrica, como ocorreu no centro e zona sul do Rio, o especialista disse que a verificação constante é necessária. A Light, concessionária cujos bueiros explodiram e deixaram feridos no Rio desenvolveu um programa para recuperar a rede nessas localidades.

Edição: Tereza Barbosa

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