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Atletas querem popularizar esportes pouco conhecidos nas Olimpíadas do Rio

24/03/15 20h27
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil*

A edição dos Jogos Olímpicos Rio 2016 terá 28 modalidades esportivas, mas muitas sequer são conhecidas pelo grande público brasileiro, como badmington e ginástica de trampolim. Ainda assim, o país não apenas tem atletas profissionais nessas modalidades como vai competir pela medalha de ouro.

Para a atleta Fabiana Silva, que concorrerá nos jogos de badmington – esporte parecido com o tênis – vai lutar por medalhas. Ela reconhece, contudo, que o ouro ainda é um sonho distante, mas espera que o evento ajude a divulgar e expandir o esporte no país.

“O intuito agora não é conseguir medalha – talvez para as próximas edições–, mas divulgar melhor a modalidade e fazer crescer o número de adeptos, e quem sabe, futuramente, apareça um campeão olímpico”, disse ela, que é a brasileira mais bem colocada no ranking da Associação Internacional de Badmington, na 56ª posição. Ela disse que o país avançou muito no esporte, e até conquistou medalhas nos dois últimos jogos panamericanos.

Badminton, ginástica de trampolim, hóquei sobre grama... confira os esportes olímpicos onde o Brasil pode fazer sua estreia em 2016:

 

Para a atleta de ginástica de trampolim, Marcela Martins, o primeiro desafio é fazer o público entender o que é o esporte. “Não é um esporte muito reconhecido, geralmente temos que explicar que é como um pula-pula, e as pessoas associam à cama elástica do parque”, explicou ela. A modalidade entrou para o programa olímpico nos Jogos de Sidney, em 2000. Por ser sede dos jogos em 2016, o Brasil garantiu representantes dessas modalidades nos jogos.

Já no hóquei sobre a grama, a estreia do Brasil não está garantida, a equipe precisa se classificar entre os seis primeiros nos Jogos Panamericanos de Toronto, Canadá, em julho. A seleção ficou sem lugar para treinar no país, por causa das obras em Deodoro, zona oeste do Rio de Janeiro, onde treinavam, e está passando uma temporada de quatro meses na Europa para se preparar para o Pan. O técnico Cláudio Rocha acredita que a classificação é um enorme desafio, porém bastante possível.

“Com o treinamento que vamos fazer agora, acho que as chances são bem grandes de conseguirmos uma colocação melhor do que a sexta posição”, disse ele.

Dois esportes também pouco populares por aqui voltarão a fazer parte dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro: o golfe, disputado em 1900, em Paris, e em 1904, em Saint Louis, nos Estados Unidos; e o rugby, disputado entre 1900 e 1924.

O golfe será disputado em stroke play (contagem de tacadas) em 72 buracos, 18 buracos por dia. Os 15 primeiros colocados nos rankings mundiais masculino e feminino, independentemente da nacionalidade, ganham as primeiras vagas. O restante será preenchido pelos melhores classificados, com limite de dois jogadores por país. A nação que tiver mais de dois jogadores entre os 15 primeiros pode exceder esse limite. Como o Brasil será sede em 2016, terá vaga no golfe.

O rugby tem elementos parecidos aos do futebol americano. São sete integrantes por time e a partida é dividida em dois tempos de sete minutos. Ganha quem fizer o maior número de pontos. Cada um deles feito quando um jogador apoia a bola com uma das mãos na área de pontuação do time adversário; com chute para a bola passar entre os postes, após entrar na área adversária; com chute durante a partida para a bola passar entre os postes; e com cobrança de penalidade, quando o time pode tentar um chute para a bola passar entre os postes.

A bola só é passada para o lado ou para trás, os avanços ocorrem com a bola nos braços dos atletas ou chutadas, e apenas o chutador e os jogadores que estiverem em linha ou atrás dele podem correr atrás da bola. A disputa dessa modalidade dura cerca de três dias, de acordo com a Associação Brasileira de Rugby, que registra 4.763 praticantes.


*Colaborou Igor Santos - Repórter da TV Brasil

 

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