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Perda da audição em crianças pode ser evitada em 60% dos casos

02/03/16 23h21
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York

Quase 32 milhões de crianças no mundo vivem com perda de audição e um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, revela que 60% dos casos poderiam ter sido evitados.

Se a detecção for precoce e se os menores receberem os cuidados necessários, eles podem atingir todo o seu potencial ao longo da vida.
Isolamento

A diretora do Departamento de Doenças Não-Transmissíveis da OMS declarou que "uma criança com dificuldades para ouvir também pode ter problemas para aprender a falar, aprender na escola e pode acabar isolada socialmente".

Mas segundo Etienne Krug, isso não precisa acontecer, porque existem várias maneiras de prevenir, detectar e tratar perdas auditivas em crianças.

Causas

A OMS calcula que 40% dos casos têm ligação genética, enquanto 31% estão relacionados a infecções como sarampo, rubéola e meningite.

Complicações de nascimento, como prematuridade e baixo peso causam 17% dos problemas de audição e 4% acontecem porque grávidas utilizaram, sem saber, medicamentos que prejudicavam a audição.

Para prevenir casos, é essencial que as crianças recebam todas as vacinas necessárias. O uso de medicamentos deve ser regulado, assim como o volume de sons e de barulhos aos quais os menores estão expostos.

Tratamento

A OMS diz que terapia de audição em bebês e crianças pode melhorar muito a vida dos pacientes, mas esses programas devem focar em intervenções que facilitem a habilidade das crianças se comunicarem e até conseguirem um emprego no futuro. Outra intervenção indicada é a utilização de aparelhos.

Aumentar a conscientização das pessoas sobre cuidados com a audição é outra estratégia essencial para reduzir os casos e diminuir o estigma. O relatório da OMS foi divulgado para marcar o Dia Mundial da Audição, comemorado todos os anos no dia 03 de março.

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