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Balé infantil: quando começar?

20/03/15 09h54

O balé é o sonho de praticamente toda menina. Quem já não sonhou em rodopiar em cima das sapatilhas, vestir aquelas roupas maravilhosas e sentir-se uma princesa? Sim, esses são os sonhos que passam de geração em geração. No entanto, o balé precisa ser praticado seguindo orientações de professores especializados e em locais apropriados. Mas, quando começar? Qual a melhor idade? Quando minha filha vai dançar na ponta? Quais os benefícios do balé? Dúvidas como essas são frequentes e constantes.

O balé clássico consiste em unir a técnica, a música e a atuação nos movimentos. São habilidades que as crianças vão adquirindo pouco a pouco por meio de exercícios e posturas. Exige disciplina, boa postura e ritmo.

A modalidade traz muitos benefícios às crianças. Traz leveza, graciosidade, disciplina e dedicação. Os exercícios desenvolvidos em aula trabalham a coordenação motora e a consciência corporal. Ao entrar em contato com a arte, música clássica, histórias e figurinos, a criança passa a trabalhar sua imaginação e a criatividade, principalmente as relacionadas com os contos de fadas.  Os exercícios com música desenvolvem também a musicalidade que será essencial na vida de uma bailarina. Além disso, trabalha a flexibilidade e a força muscular.

O estudo sério do balé só poderá ser iniciado a partir dos sete anos, sendo a idade ideal nove anos. Antes disso é recomendado apenas as aulas de baby class ou iniciação musical.

O objetivo dessas aulas é apresentar o balé às crianças, introduzindo-as ao ritmo, utilizando, para isso, músicas infantis, danças de roda e palmas. É também a fase para se trabalhar a coordenação motora global. O balé acadêmico, nessa fase, é contraindicado em todos os sentidos (físico e mental). A partir dos sete anos a criança já começa a tornar-se apta a participar das aulas de balé propriamente dita. É aqui que começam a surgir as técnicas e o refinamento das habilidades motoras básicas adquiridas nas aulas de baby class.

E quando começar a dançar na ponta? Como saber que uma bailarina está pronta para usar sapatilhas de ponta? Dançar na ponta é um objetivo muito importante na vida de uma bailarina clássica. Requer uma tremenda força das pernas e nos pés. Existem cinco dicas para se iniciar na ponta:

Idade da bailarina: Alguns especialistas dizem que a ponta só poderá ser introduzida após os nove anos de idade, no entanto, o crescimento e fortalecimento dos pés acontecem quando a criança se encontra entre 11 e 12 anos. Tudo depende da maturidade da bailarina.

Tempo de formação: não se pode começar uma carreira no balé já nas sapatilhas de pontas. Antes, deve-se atingir a forma, força e alinhamento necessário para fazer uma transição bem sucedida, com a meta de evitar lesões.

Aulas na Ponta: com o objetivo de manter a técnica e flexibilidade para dançar na ponta, faz-se necessário aulas no mínimo três vezes por semana, aumentando cerca de meia hora para o trabalho específico de ponta.

Preparação física para dançar na ponta: Toda bailarina deve ser avaliada por um professor competente para verificar se está pronta para atender às exigências do trabalho nas pontas: posicionamento correto do corpo, alinhamento, força, equilíbrio e domínio das técnicas básicas do balé.

Maturidade emocional para dançar na ponta: como o trabalho nas pontas é muito duro, a criança deve estar preparada para ter bolhas, responsabilidade para manter as sapatilhas (visto que são mais complicadas), dedicação às aulas e responsabilidade.

Mas o mais importante de se lembrar é que a força de vontade da bailarina e o esforço feito é que permitirá com que esta esteja segura na hora de calçar as sapatilhas, sejam elas de ponta ou não, subir no palco e dançar levemente!

*Texto escrito pela bacharel em Esporte pela USP Maria Helena S. Castro d'Ancora e publicado no blog do Hospital Inantil Sabará.

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