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A partir do 2º semestre, gestantes serão vacinadas contra coqueluche

18/02/13 11h14
Adriana Franzin/EBC

De 2011 a 2012, o número de casos confirmados de coqueluche quase dobrou no país. Foram notificados 4.553 casos, 85% em crianças com menos de um ano de vida. Setenta e quatro bebês morreram no ano passado vítimas da doença. A principal forma de prevenção é a vacinação, que só é realizada a partir dois meses de vida, com doses complementares aos quatro e aos seis meses, chamada pentavalente.

Confira aqui o calendário das vacinas recomendadas para as gestantes

Por isso, o Ministério da Saúde resolveu alterar a estratégia de imunização e incorporar um novo tipo de vacina ao calendário das gestantes. O objetivo é que os bebês já nasçam protegidos, por conta dos anticorpos que são transferidos da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o esquema básico de vacinação.

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Veja ainda a reportagem divulgada no Repórter Brasil sobre o tema: 

Creative Commons - CC BY 3.0 -

A vacina deve começar a ser ministrada a partir do segundo semestre. A chamada DTPa (vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche) é a única vacina contra coqueluche que pode ser administrada de maneira segura em adultos. A vacina DTP tradicional e a vacina pentavalente, que inclui a DTP, só podem ser administradas até os seis anos de idade.

Ouça a reportagem da Radioagência Nacional sobre o assunto:

O Brasil ainda não fabrica a vacina. De acordo com o ministério, a produção mundial é pequena, mas estão sendo feitos acordos com laboratórios internacionais para iniciar um processo de aquisição, envolvendo a possibilidade de transferência de tecnologia. Ainda segundo o órgão, o aumento de casos da doença faz parte de uma tendência que está sendo observada na Europa e nos Estados Unidos desde 2010. 

O esquema vacinal ainda não foi definido, ou seja, o calendário de vacinação, o período de gestação recomendado para receber a dose e quantas doses serão necessárias para garantir a prevenção.

* Com informações do Ministério da Saúde.

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