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UFC: projeto para proibir transmissão de MMA na TV divide opiniões

27/08/13 14h15
O projeto de lei já foi rejeitado pela Comissão de Turismo e Desporto e está sendo avaliado na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (Lee Brimelow/Wiki Commons)

O MMA, esporte que reúne diversos tipos de artes maciais, divide opiniões. Na Câmara dos Deputados, projeto de lei do parlamentar José Mentor, de 2009, quer proibir as emissoras de televisão abertas e fechadas no Brasil de transmitir eventos de lutas marciais não olímpicas. As punições previstas vão de multas ao fechamento da emissora que insistir . “A questão central é a degradação do ser humano. Tanto do lutador que se submete a esse tipo de luta – colocando em risco a sua integridade física, a sua vida – como também os telespectadores que ficam vendo só a violência, nada mais do que isso, porque a luta é exatamente essa: quanto mais cedo eu atingir o adversário, mais cedo eu ganho a luta”, avalia o deputado. “Os golpes são violentíssimos, cotovelas, joelhadas, é sangue para todos os lados”, complementa.

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A possível restrição de transmissão das lutas enfrenta forte resistência por quem está no MMA. Para o lutador brasileiro Lyoto Machida trata-se de uma visão distorcida do esporte. “Eu não concordo com a proibição, ali é um entretenimento. É um esporte q exige preparo físico, técnico e os dois atletas  treinaram para isso”, considerou.  A opinião contrária é compartilhada pelo deputado federal e lutador de boxe Acelino Popó (PRB-BA). Entre os pontos defendidos por ele está a inclusão social promovida pela modalidade esportiva. “A gente só sabe que de sete campeões do mundo no MMA, três são brasileiros, porque teve uma TV para transmitir e para incentivar essa garotada e muitos lutadores estão mudando a sua vida através do esporte”, diz. 

O projeto de lei já foi rejeitado pela Comissão de Turismo e Desporto e está sendo avaliado na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. O relator, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE),  avisa que o texto não vai permanecer do jeito que está. “Haverá mudanças e queremos construí-las numa visão que não fique restrita à minha posição pessoal, mas em convergência com tudo aquilo que ouvimos ao longo do tempo”, adianta.

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